A Corte Arbitral do Esporte (CAS) reduziu a pena imposta à Rússia pela Agência Mundial Antidoping (Wada) em 2019, de quatro para dois anos, mas manteve a proibição do país usar seu nome, bandeira e hino em edições dos Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais.
Atletas e times russos ainda poderão competir na Olimpíada de Tóquio, adiada para 2021, e nos Jogos de Inverno de 2022 em Pequim, bem como em Mundiais, incluindo a Copa do Mundo de futebol de 2022 no Qatar, sob bandeira neutra.
Para isso, os envolvidos não poderão estar sujeitos a uma suspensão imposta por autoridade antidoping; seus uniformes não terão a bandeira da Rússia, e o hino nacional russo não será tocado ou cantado em nenhum local oficial do evento.
O nome do país poderá figurar nas vestimentas, desde que com o mesmo tamanho e destaque da indicação de "atleta neutro", em inglês. As punições valem de 17 de dezembro de 2020 a 16 de dezembro de 2022. O período é menor do que os quatro anos aplicados pela Wada há mais de um ano, em 9 de dezembro de 2019.
A CAS, entidade jurídica máxima do esporte mundial localizada na Suíça, confirmou o veredito da Wada de que a agência de controle de doping da Rússia (Rusada) não está em conformidade. Também impôs multa de US$ 1,3 milhão (R$ 6,4 milhões).
A punição inicial da Wada se baseou na acusação de que a Rusada agiu para fraudar resultados de exames de atletas e manipular dados submetidos a órgãos internacionais. "Por muito tempo, o doping russo prejudicou o esporte limpo", afirmou a Wada em comunicado na ocasião. "A Rússia teve a oportunidade de colocar sua casa em ordem e reunir-se à comunidade antidoping global para o bem de seus atletas e pela integridade do esporte, mas optou por continuar em sua posição de decepção e negação."