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Esportes

- Publicada em 07 de Dezembro de 2020 às 22:06

'Ir atrás do bicampeonato de surfe é uma motivação a mais', diz Italo Ferreira

 Atual campeão mundial de surfe, Italo inicia a luta por mais um título, na famosa Pipeline

Atual campeão mundial de surfe, Italo inicia a luta por mais um título, na famosa Pipeline


KELLY CESTARI/DIVULGAÇÃO/JC
Atual campeão mundial de surfe, o brasileiro Italo Ferreira vive a expectativa de ir em busca do bicampeonato em um momento atípico do esporte. Com a pandemia de Covid-19, o circuito foi cancelado em 2020 e vai começar nesta terça-feira (8), no Havaí, na disputa da etapa de Pipeline, que costumava encerrar o calendário. Foi lá que o atleta do Rio Grande do Norte levantou o seu troféu após vencer Gabriel Medina na final do evento.
Atual campeão mundial de surfe, o brasileiro Italo Ferreira vive a expectativa de ir em busca do bicampeonato em um momento atípico do esporte. Com a pandemia de Covid-19, o circuito foi cancelado em 2020 e vai começar nesta terça-feira (8), no Havaí, na disputa da etapa de Pipeline, que costumava encerrar o calendário. Foi lá que o atleta do Rio Grande do Norte levantou o seu troféu após vencer Gabriel Medina na final do evento.
Aos 26 anos, Italo é o surfista a ser batido no campeonato. Vive ótima fase e garante que o título em 2019 tirou um grande peso de suas costas. Ao lado de outros 10 brasileiros, incluindo Medina, bicampeão mundial, Adriano de Souza, campeão em 2015 e que fará sua última temporada no circuito, e Filipe Toledo, que bateu na trave na última edição, o atleta potiguar vai em busca de mais um troféu para o Brasil em uma competição que terá formato diferente, com final em Trestles (Califórnia) a partir de 8 de setembro de 2021 com os cinco mais bem colocados do ano, e com a presença da modalidade pela primeira vez nos Jogos Olímpicos entre as etapas do calendário. Italo e Medina são os representantes brasileiros em Tóquio.
Qual é a sensação de voltar às competições como o surfista a ser batido?
Italo - Inexplicável. Sempre sonhei em ser campeão mundial, estar neste posto hoje me enche de orgulho pelo caminho batalhado que consegui construir até aqui. Sou muito grato por tudo.
Como está a expectativa para o início da temporada?
Italo - Estou ansioso. É algo novo começar pelo Havaí, que já é um desafio enorme, encarando ondas que são difíceis de surfar. Mas  tenho uma história boa por aqui e memórias que vão me deixar mais confiante. Isso faz com que me sinta bem, me faz treinar mais e focar para alcançar a melhor performance no campeonato no início da temporada.
Como você lidou com a pandemia de covid-19? Conseguiu treinar o tempo todo?
Italo - Consegui montar uma academia em casa e passei a treinar mais a parte de musculatura. Isso tem me ajudado no fortalecimento. Além disso, em Baía Formosa, a praia não chegou a ser fechada, então pude continuar pegando ondas. Claro que as ondas são menores, então procurei viajar e melhorar meu surfe em ondas tubulares e testar novas pranchas.
O que achou da final do Circuito Mundial ser realizada em Trestles?
Italo - Já esperava que seria em Trestles, na Califórnia. Não acho que seja uma novidade porque a gente já surfa lá direto. Achei que fosse ser em Mentawai, Fiji, que são lugares diferentes com ondas boas, mas tudo bem, é uma onda boa.
Para além do CT, quais são seus outros projetos em andamento?
Italo - Estou desenvolvendo um projeto de proteção ambiental em Baía Formosa. Estamos desenvolvendo isso e a ideia é conseguir promover ações que diminuam nosso impacto na natureza, de educação ambiental, reciclagem. Precisamos nos comprometer mais com a natureza que tanto nos dá.
Por fim, quem serão seus principais adversários na temporada?
Italo - Minha mente é a minha principal adversária na competição.
Nos últimos meses você mostrou que é um surfista completo ao acertar um 540º e pegar onda gigante em Nazaré. Como tem sido "romper os limites"?
Italo - Eu curto um desafio e surfar essa onda foi incrível. Gosto de me desafiar no surfe, estudar novas manobras e arriscar coisas novas.
Muitos falam que é difícil ser campeão, mas mais difícil é ser bicampeão. Como está sua cabeça para este objetivo?
Italo - Para mim, ser campeão pela primeira vez é bem mais difícil, acho que foi um peso que saiu das minhas costas porque era um sonho ser campeão mundial, e você fica naquela pressão, naquela ansiedade. Cheguei bem perto em 2018, venci três eventos, mas o título veio só em 2019, e ganhar foi uma conquista incrível. Agora, buscar o bicampeonato me deixa mais confiante. Claro que tem pressão para que eu tenha boas performances, mas isso me motiva mais.
O fato de a temporada começar no Havaí muda algo em sua preparação?
Italo - Acho só um pouco estranho. O Havaí foi onde venci meu último evento e fui campeão do mundo. E começar por aqui já de primeira me deixa confiante, mas ainda me sentindo pressionado por tudo que aconteceu. Mas ficou no passado, treinei o ano inteiro para voltar a competir e terei a chance de colocar tudo em prática na bateria. Espero me sair bem como no último evento.
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