As tentativas de manter o distanciamento social e a organização da entrada dos admiradores fracassaram logo de cara. Havia grades de metal para tentar conter os fãs, mas elas eram constantemente derrubadas, porque alguns queriam passar adiante dos outros.
Como não havia tempo hábil para que todos prestassem suas homenagens, seguindo o combinado entre a presidência argentina e a família do ex-jogador, os organizadores interromperam a entrada, frustrando a fila que se estendia por dez quarteirões.
Começou, então, a haver correria e revolta entre os presentes quando informados de que muitos deles não chegariam perto do ídolo. A polícia interveio com gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha, principalmente na entrada da Praça de Maio, e perto das cercas da Casa Rosada. Um grupo entrou à força no pátio interno da Casa Rosada, o que levou a polícia a atirar novamente gás lacrimogêneo.
Até então, o lado de dentro era bem mais controlado. O caixão estava fechado e, a princípio, coberto com uma camiseta da Argentina de número 10 e outra do Boca Juniors. Os fãs jogavam camisetas de vários times, terços, flores e outros objetos.
Ao redor do caixão estavam sua ex-mulher, Claudia Villafañe, suas filhas mais velhas, Dalma e Giannina, e também sua companheira mais recente, Veronica Ojeda, com o filho mais novo, Dieguito Fernando, além da outra filha do ex-jogador, Jana Maradona. Apenas um dos filhos reconhecidos, Diego Júnior, não compareceu, por estar na Itália, em tratamento médico por conta do coronavírus.
Também apareceram ex-jogadores que foram companheiros de Maradona, como Oscar Ruggeri, Sergio Batista e Jorge Burruchaga, e alguns ídolos mais recentes, como Tévez, Palermo e Mascherano. O presidente argentino, Alberto Fernández chegou de helicóptero no fim da manhã. Depois da cerimônia na Casa Rosada, o corpo foi levado ao cemitério de Bella Vista.