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Esportes

- Publicada em 08 de Outubro de 2020 às 15:35

Messi inicia novo ciclo em busca de glória com a Argentina

Camisa 10 é a referência técnica e o capitão de um time em fase de renovação

Camisa 10 é a referência técnica e o capitão de um time em fase de renovação


PEDRO UGARTE/AFP/JC
Assim como o torcedor do Barcelona assiste à possível última temporada de Lionel Messi no clube, o torcedor argentino já começa a se preparar para o que deve ser o último tango do camisa 10 com a camisa de sua seleção.
Assim como o torcedor do Barcelona assiste à possível última temporada de Lionel Messi no clube, o torcedor argentino já começa a se preparar para o que deve ser o último tango do camisa 10 com a camisa de sua seleção.
Nesta quinta-feira (8), às 21h10min, a Argentina enfrenta o Equador em sua estreia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Qatar. Na terça (13), o time do técnico Lionel Scaloni visita a Bolívia.
O ciclo que se inicia diante dos equatorianos é mais um reinício para Messi, que aos 33 anos ainda busca seu primeiro título com a camisa da equipe nacional. Além do próximo Mundial, que pinta como o último da carreira, ele terá a Copa América de 2021 para tentar encerrar a sina de não sair campeão com a seleção profissional.
Em 2019, na edição do torneio disputada no Brasil, a Argentina caiu na semifinal para a seleção brasileira, que conquistaria o título. Após o revés, Messi foi expulso no duelo pelo terceiro lugar contra o Chile e não voltou a campo para receber sua medalha de bronze.
Depois da vitória sobre os chilenos por 2 a 1, em um ato maradoniano, o argentino mandou um forte recado à Conmebol. "Não fui à premiação porque nós não temos de ser parte desta corrupção. Nos faltaram com respeito durante toda a Copa América. Não nos deixaram chegar à final", esbravejou o camisa 10, que ainda disse acreditar que a competição estava armada para o Brasil sair campeão.
Ver Messi assumindo esse protagonismo como a voz da seleção argentina já não é uma novidade. Na Copa do Mundo de 2018, o jogador do Barcelona recebeu a braçadeira de capitão para se tornar mais do que um líder técnico. Ao lado de um Mascherano decadente, procurou ser a palavra final em um grupo que patinava sob o comando de Jorge Sampaoli.
Um Lionel Messi bem diferente daquele que no último jogo da fase de grupos do Mundial de 2010, contra a Grécia, foi presenteado com a faixa de capitão das mãos de Diego Maradona e não soube o que dizer para os companheiros no vestiário.
A bagunça tática mostrada na Rússia, que ocasionou na eliminação ainda nas oitavas de final, para a França, levantou a possibilidade de que o principal jogador argentino de sua geração pudesse se despedir da seleção. Ele havia feito isso em 2016, quando a Argentina perdeu a decisão da Copa América Centenário, o terceiro vice seguido depois de ser derrotada nas finais da Copa do Mundo, em 2014, e da Copa América, em 2015.
A despedida naquela ocasião deixava clara a angústia de Messi em não conseguir realizar o sonho de conquistar um título com o seu país, mas foi também uma mensagem à Associação do Futebol Argentino (AFA) de que algumas estruturas precisavam mudar. Não mudaram.
Desde então, a Argentina já está em seu terceiro treinador e, consequentemente, em permanente reconstrução. De Edgardo Bauza a Jorge Sampaoli, e depois com Lionel Scaloni, não há uma linha comum de ideias sobre como jogar futebol.
Scaloni, que pertencia à comissão técnica de Sampaoli, assumiu interinamente o comando depois do Mundial da Rússia e só pôde contar com Messi a partir de março de 2019, depois que o astro tirou um período sabático da seleção.
Apesar do pouco convívio, o período da Copa América foi tempo suficiente para que o novo técnico ganhasse a confiança do camisa 10. Messi gosta do trabalho de Scaloni e enxerga um futuro para a Argentina, que vai deixando cada vez mais para trás os nomes da geração vice-campeã mundial para incorporar novos talentos que deverão ser a cara da equipe para a Copa do Mundo do Qatar.
No centro desse time, construído com atletas como Nicolás Tagliafico, Leandro Paredes e Lautaro Martínez, está o capitão Messi. Maior artilheiro da história da seleção com 70 gols, Messi arranca uma nova campanha de Eliminatórias, a quinta de sua carreira. Agora, com a esperança de que esse tango termine, enfim, com um sorriso.
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