Escolhido para conceder a primeira entrevista coletiva da seleção brasileira antes da
estreia nas Eliminatórias Sul-Americanas na sexta-feira (9), contra a Bolívia, às 21h30min, Marquinhos falou sobre a sua evolução como jogador, destacou o momento positivo de Neymar, comentou o possível favoritismo da equipe e celebrou o retorno a Itaquera. O jogo será disputado na
Neo Química Arena, casa do Corinthians, clube onde foi formado o zagueiro, hoje no Paris Saint-Germain. Os
convocados de Tite treinaram nesta segunda-feira (5) para os dois jogos que têm pela frente: Bolívia e Peru.
Marquinhos comemorou o fato de poder atuar em Itaquera, na zona leste de São Paulo, bairro onde passou boa parte de sua vida. "Realmente é um lugar muito especial para mim. Passei dez anos da minha vida em Itaquera. Morei cinco anos no alojamento da base. Fico feliz de estar voltando, mesmo em circunstâncias difíceis, sem torcedores", disse Marquinho. “Queríamos muito ter a nossa torcida, que é sempre um diferencial muito grande, mas a gente tem que saber jogar seguindo o novo protocolo e a nova maneira de atuar até que as coisas melhorem e possamos receber de novo todos a festa dos torcedores", lamentou.
Neymar, seu companheiro de PSG, também foi assunto na coletiva. Marquinhos enalteceu o momento do atacante, que, em sua visão, vive uma "fase extraordinária" e foi muito importante para
conduzir o time francês à final da Liga dos Campeões na temporada passada. A avaliação é de que o camisa 10 está mais maduro e vem evoluindo progressivamente.
"Ele vem em um momento extraordinário na carreira. Fez jogos extraordinários na
final da Liga das Campeões e ajudou o nosso time. Nos primeiros jogos do Campeonato Francês ele vem atuando muito bem também e conseguiu manter o nível de jogo que teve nas finais. É importante que ele esteja assim. Bem, feliz, realmente vem cada vez mais crescendo, evoluindo. Esse momento na seleção só vem dar mais motivação para ele, que é muito ambicioso, competitivo e quer sempre vencer", pontuou.
Atual campeão da Copa América, o time do técnico Tite aparece, como de costume, como um dos favoritos a brigar pelos primeiros lugares nas Eliminatórias. Marquinhos assegurou que não está preocupado com o favoritismo. A ideia é ter pé no chão e conquistar os torcedores com boas atuações.
"Tudo depende do que a gente faz dentro de campo. A seleção brasileira tem história e respeito. Não estamos muito preocupados com o favoritismo porque não ganha jogo. A gente tem que deixar de lado o favoritismo e todo o respeito que as pessoas têm pela camisa da seleção brasileira. Temos que dar a resposta dentro de campo e é isso que vai fazer as pessoas falarem em favoritismo ou não", analisou.