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Copa Libertadores volta a ser disputada nesta terça-feira (15) após seis meses de paralisação e com uma realidade bastante complexa para clubes, dirigentes e, principalmente, para a própria Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Para concretizar o retorno do torneio em meio à pandemia do novo coronavírus, a entidade investiu cerca de R$ 500 milhões no custeio de viagens em voos fretados e testes RT-PCR para as equipes. Mas isso não foi suficiente para resolver o temor de alguns times em viajar pelo continente, em especial quando se trata de enfrentar adversários brasileiros.
Ao menos dois países manifestaram preocupação com o Brasil, nação com o maior número de casos e mortes por Covid-19 na América do Sul. Chile e Uruguai questionaram a segurança tanto de virem ao País quanto de receberem em seus estádios e hotéis equipes brasileiras. Procurada para comentar o assunto, a entidade avisou que não se manifestaria.
A Conmebol elaborou um protocolo médico de cuidados com a proposta de que os times viajem pela América do Sul dentro do que tem sido chamado de "bolhas móveis". Os elencos se deslocam com o mínimo de contato externo possível. As viagens são em voos fretados e exclusivos para a delegação. A hospedagem será em hotéis com alas isoladas, haverá rotina de testes e os jogos serão em estádios sem torcida. Ainda assim, para especialistas, há um risco calculado.
Os cuidados da Conmebol com a Libertadores provocaram algumas mudanças na tabela. Rival do São Paulo no Grupo D, o Binacional, do Peru, não vai mais mandar os jogos na cidade de Juliaca, a cerca de 3,8 mil metros de altitude. O governo peruano proibiu partidas para fazer a localidade cumprir uma quarentena rígida. O time vai atuar agora na capital Lima. Adversário do Palmeiras, o Guaraní, do Paraguai, vai mandar as partidas em um outro estádio em Assunção para poder atender com mais segurança aos protocolo médicos.