A chama olímpica foi exibida nesta segunda-feira (31) em Tóquio, no Museu Olímpico do Japão, a uma curta caminhada do novo Estádio Nacional, onde deveria estar acesa há cerca de um mês. A tocha, que agora terá um período de exposição no local, chegou ao país em março, vinda da Grécia, em Fukushima, onde se iniciaria o seu revezamento. Mas não era vista desde então porque os
Jogos foram adiados para 2021 por causa da pandemia da Covid-19.
Nesta segunda-feira, a chama foi revelada em uma pequena cerimônia com as presenças de Yoshiro Mori, o presidente do Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio, e Yasuhiro Yamashita, o presidente do Comitê Olímpico do Japão.
"Nesta situação durante a Covid-19, acho que atletas visando os Jogos Olímpicos e Paralímpicos estão treinando duro a cada dia, com grande ansiedade. Eu estou convencido de que a tocha exibida hoje apoiará os corações os atletas", disse Yamashita. "Espero que esta chama seja transmitida por cerca de 10 mil carregadores da tocha no próximo ano, e a pira seja acesa para tornar o evento um grande sucesso", acrescentou Mori.
Abe foi uma estrela da cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio, em 2016, ao desfilar diante do público, no Maracanã, como o personagem "Super Mario", do jogo de videogames da Nintendo, além de estar na primeira fila em 2013 em Buenos Aires quando o então presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, abriu um envelope para anunciar Tóquio como o anfitrião dos Jogos de 2020.
A exibição da chama nesta segunda se deu em um momento de indefinição sobre a realização dos Jogos. O COI e os organizadores locais asseguram que o evento ocorrerá, mas até agora não disseram como isso pode acontecer.
Há questionamentos sobre quarentenas, presença do público e a logística para levar 15.400 atletas olímpicos e paralímpicos com segurança a Tóquio, além de treinadores, dirigentes e a imprensa, com o controle do surto do coronavírus em estágios bem diferentes nos países e territórios dos 206 comitês olímpicos nacionais