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Esportes

- Publicada em 24 de Junho de 2020 às 13:55

Grêmio fecha acordo com jogadores e adia parte do pagamento de salários

Presidente do Grêmio advertiu que treinos individuais esgotaram e aumenta risco de lesão

Presidente do Grêmio advertiu que treinos individuais esgotaram e aumenta risco de lesão


LUCAS UEBEL/GRÊMIO/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Enquanto não pode treinar de forma coletiva e nem jogar devido a restrições da pandemia, o Grêmio chuta para frente as despesas mais pesadas, neste caso com seu elenco de atletas. O Tricolor informou, por nota no começo da tarde desta quarta-feira (24), que fechou acordo transferindo para 2021 e 2022 o pagamento de 55% dos direitos de imagem e salários. Sem avançar nos treinos, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr, advertiu, em live no Instagram do Jornal do Comércio, que a preparação atual apenas de atividade física está se esgotando e pode gerar risco de lesões. 
Enquanto não pode treinar de forma coletiva e nem jogar devido a restrições da pandemia, o Grêmio chuta para frente as despesas mais pesadas, neste caso com seu elenco de atletas. O Tricolor informou, por nota no começo da tarde desta quarta-feira (24), que fechou acordo transferindo para 2021 e 2022 o pagamento de 55% dos direitos de imagem e salários. Sem avançar nos treinos, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr, advertiu, em live no Instagram do Jornal do Comércio, que a preparação atual apenas de atividade física está se esgotando e pode gerar risco de lesões
A negociação faz parte da segunda onda de medidas para amenizar o impacto da queda de fluxo de receitas em função da interrupção das atividades que geram recursos para o clube. Os valores que serão cuja quitação será adiada abrange abril a setembro deste ano.
Segundo a nota, os valores que deixam de ser pagos por seis meses serão quitados de janeiro de 2021 a Dezembro de 2022. Bolzan coordenou as conversas, que teve "a plena cooperação e entendimento do grupo de atletas, comissão técnica e suas principais lideranças", diz a manifestação Tricolor.
Segundo a direção do clube, o acerto ocorreu em um único encontro. "Essa construção contempla de comum acordo a preservação dos empregos de todos os colaboradores/funcionários do clube. O Grêmio reconhece a compreensão e a sensibilidade de todos os profissionais envolvidos nesse momento de crise financeira e da excepcionalidade vivenciada pela pandemia", afirma a nota.
Segundo o Demonstrativo de Resultados (DRE) do primeiro trimestre de 2020, o Grêmio teve despesa de R$ 45,4 milhões com jogadores, o que representou 87% da conta total com pessoal (R$ 52,2 milhões) e 65% do custo total do clube de janeiro a março (R$ 70,1 milhões). Na conta dos atletas, os valores com salários e cessão de imagem somam R$ 35 milhões (R$ 23,7 milhões com salários e R$ 11,3 milhões com imagem), ou seja, 77% do gasto total com o elenco.
O DRE mostra ainda que este ano a despesa com pessoal ligado ao futebol profissional subiu 66% em relação ao primeiro trimestre de 2019, quando alcançou R$ 27,1 milhões. O clube pagou este ano R$ 23,8 milhões em três meses - média de quase R$ 8 milhões ao mês - em salários e encargos. De janeiro a março do ano passado, foram R$ 16 milhões, ou média de R$ 5,3 milhões mensais.
A maior alta percentual nas despesas mais significativas com jogadores foi na cessão de imagem, com aumento de 117% nos dois períodos. Foram R$ 5,2 milhões no primeiro trimestre de 2019 e R$ 11,3 milhões de janeiro a março recentes. 

O futuro financeiro do Grêmio, até setembro

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Bolzan admite que pagamentos podem ser adiados até 2023. Foto: Mariana Carlesso/Arquivo/JC
Os números do primeiro trimestre pouco tiveram de reflexo da pandemia, disse o presidente ao falar na live do Instagram do JC. Tanto que na linha de resultado final, o Grêmio fechou com superávit (mais receitas que despesas) de R$ 11,9 milhões. O valor ficou bem abaixo do saldo positivo do ano passado no período, que foi de R$ 44,3 milhões e abaixo também do orçado, de R$ 25,9 milhões. O que já pode já indicar uma frustração de captação, até porque os jogos cessaram em 15 de março. 
O acerto anunciado completa o plano para gerir as finanças no curtíssimo prazo, até setembro, explicou o dirigente. Antes do último trimestre de 2020 (outubro a dezembro), o clube vai rever todo o orçamento do ano definido antes de despencar o novo coronavírus no mundo do futebol, que previa até R$ 380 milhões na suplementação, mas que já sofre ajustes. "Já reduzimos o nosso orçamento em quase R$ 80 milhões", contabilizou.
Bolzan diz que mesmo com o impacto da pandemia, houve espaço para normalizar o fluxo. "O que deixarmos de receber, teremos de desonerar dos pagamentos. Neste primeiro momento, desonerando para colocar lá na frente, diferir, parcelar, passar os pagamentos para 2021, 2022 e, quem sabe, até para 2023", projetou.
As medidas não atingem só jogadores, mas também funcionários, que tiveram redução de salários dentro do que prevê a Medida Provisória (MP) para os trabalhadores com carteira assinada, fornecedores e tributos, que tiveram adiamento autorizado.  
Com dados ainda não divulgados e fechados de abril e maio - que devem sair com o segundo trimestre, Bolzan garante que "abril foi mais equilibrado". "Um zero a zero com um pouquinho de melhora. A perspectiva de maio é permanecer equilibrado, um pouquinho menos talvez", antecipou.
O dirigente diz que o foco é administrar 2020, para "depois repactuar o orçamento do clube para garantir o pagamento em 2021 e 2022". 
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