Fifa estende limite de idade para seleções olímpicas

A Fifa anunciou, na sexta-feira, algumas decisões referentes ao futuro do futebol mundial, que teve seu calendário afetado em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Entre elas, está a confirmação de que será estendido o limite de idade para o torneio de futebol masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio, remarcados para o ano que vem.

A regra seguirá permitindo que jogadores nascidos a partir de 1º de janeiro de 1997 participem da competição. Na prática, isso aumenta em um ano a idade olímpica, que passa excepcionalmente a ser de 24 anos em 2021.

Com isso, a seleção brasileira poderá contar com 11 atletas que estavam presentes na última convocação olímpica, e que estourariam o limite inicial com o adiamento dos Jogos de Tóquio. Entre eles, estão os jogadores gremistas Caio Henrique e Matheus Henrique, além de atletas como Lucas Paquetá (do Milan, da Itália) e Maycon (dos ucranianos do Shakthar Donetsk). Além deles, Gabriel Jesus e Bruno Guimarães, chamados por Tite para a seleção principal, também passam a ter condições de atuar em 2021.

A Fifa também propõe que o vínculo dos atletas que termina em 30 de junho seja esticado até o fim da temporada. Assim, o atleta só estaria livre ou iria para seu novo clube após o encerramento do calendário local. Outra proposta é que clubes e jogadores possam recusar convocações de seleções nas chamadas datas Fifa.

A entidade máxima do futebol também se dispõe a aceitar todos os prazos estipulados para o fim dos torneios nacionais e continentais em andamento, como forma de garantir que as competições sejam encerradas dentro do campo, não por decisões administrativas ou cancelamentos. Uma das motivações para essa postura é a situação da Bélgica, que anunciou a disposição de encerrar a temporada e declarar o Club Brugge como campeão nacional. O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, ameaça retirar o futebol belga das competições continentais, caso a liga local insista na decisão.

Em princípio, essas propostas valem para calendários no modelo europeu, com encerramento na metade do ano. Não está claro como isso vai funcionar para países como o Brasil, com torneios de janeiro a dezembro.