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Esportes

- Publicada em 06 de Novembro de 2019 às 11:12

MP denuncia Piffero e outros 13 por desvios de recursos do Internacional

Irregularidades na gestão do então presidente teriam causado prejuízo de R$ 13 milhões ao clube

Irregularidades na gestão do então presidente teriam causado prejuízo de R$ 13 milhões ao clube


MARCO QUINTANA/JC
Lourenço Marchesan
O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou 14 membros da gestão do Sport Club Internacional no período entre 2015 e 2016 por desvios de mais de R$ 13 milhões no clube. O ex-presidente Vitório Piffero e outras 13 pessoas foram indiciadas. As denúncias são os primeiros resultados da Operação Rebote, iniciada em dezembro de 2018. Piffero foi denunciado como co-autor da organização criminosa e pela prática de 200 estelionatos, já que as decisões passavam por ele como presidente. "Com certeza, é a maior operação de futebol no Brasil", afirmou o subprocurador-geral , Marcelo Dornelles.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou 14 membros da gestão do Sport Club Internacional no período entre 2015 e 2016 por desvios de mais de R$ 13 milhões no clube. O ex-presidente Vitório Piffero e outras 13 pessoas foram indiciadas. As denúncias são os primeiros resultados da Operação Rebote, iniciada em dezembro de 2018. Piffero foi denunciado como co-autor da organização criminosa e pela prática de 200 estelionatos, já que as decisões passavam por ele como presidente. "Com certeza, é a maior operação de futebol no Brasil", afirmou o subprocurador-geral , Marcelo Dornelles.
Parte das investigações do órgão, divulgadas em coletiva na sede do MP nesta quarta-feira (6), apontam para a prática de crimes como lavagem de dinheiro e estelionato durante o biênio presidencial de Piffero. Os dados foram apresentados pelo procurador-geral de Justiça do estado, Fabiano Dallazen, o subprocurador Marcelo Dornelles o promotor responsável pela assinatura das denúncias, Flávio Duarte.
Nei Breitman, um dos advogados que atua na defesa de Piffero, afirmou que as denúncias apresentadas pelo MP não comprovam a participação do ex-presidente nas irregularidades. "Fatos que, eventualmente, tenham ocorrido não eram de conhecimento dele (Piffero)", pontou Breitman.  
A primeira denúncia aponta para os crimes de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica documental relacionada a obras não realizadas. Segundo a investigação, o então presidente Piffero, o vice-presidente do clube Pedro Affatato, o engenheiro civil Carlos Eduardo Marques e os empresários Ricardo Bohrer Simões e Adão Silmar de Fraga Feijó eram responsáveis por induzirem a erros funcionários da administração do Inter e atestarem obras que não ocorreram, obtendo a quantia de R$ 12,8 milhões em prejuízo do clube. As irregularidades ocorriam através da emissão de notas fiscais e falsificação de documentos.
A segunda denúncia apresentada pelo MP é contra o vice-presidente de futebol Carlos Pellegrini, o tio do jogador colorado Paulo Magalhães, Paulo Cezar Magalhães, e os empresários Rogério Luiz Braun, Giuliano Pacheco Bertolucci, Fernando Luis Otto e Carlos Alberto de Oliveira Fedato. Nessa parte, a investigação indicou que Pelegrinni obteve mais de R$ 230 mil em comissões para contratação de atletas.
Em dezembro do ano passado, o MP deflagrou a primeira etapa, quando foi identificada a configuração de uma organização criminosa na gestão do clube entre 2015 e 2016. Conforme o procurador Fabiano Dallazen, o trabalho do MP iniciou "por uma representação oriunda da administração do Internacional devido ao ineditismo dos fatos", tornando-se "uma das investigações mais profundas em um clube de futebol no Brasil". 
O Ministério Público encaminhou a tramitação da peça na 17ª Vara Criminal de Porto Alegre. As investigações seguem em  curso. Dallazen não soube precisar o tempo que a Justiça ainda vai levar concluir o caso, mas afirmou que "as provas contidas são cabais".
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