A segunda-feira foi de muitas explicações no Beira-Rio. O goleiro Marcelo Lomba veio a público pedir desculpas pela expulsão no clássico Grenal 422 e falou ainda do momento conturbado vivido pelo Inter na reta final do Campeonato Brasileiro. Além do camisa 12, o executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano, explicou alguns episódios que ganharam notoriedade antes, durante e após o apito final da partida, na qual o Colorado acabou derrotado facilmente pelo Grêmio por 2 a 0.
Na coletiva de imprensa realizada ontem, Lomba estava nitidamente abalado. O capitão colorado lamentou o cartão vermelho e pediu desculpas ao atacante gremista Luciano. "Fiquei muito chateado ontem (domingo). É a primeira vez que acontece de eu ser expulso por uma falta, em um lance mais ríspido. É difícil você dormir sabendo que prejudicou a equipe", relatou.
O goleiro falou mais do lance que envolveu o jogador tricolor. "Eu me atiro para pegar a bola com as mãos. Não fui para dar uma voadora. Saiu do meu controle. Levantei a perna mais que o normal. Admito que fui com uma força desproporcional, que é passível de cartão vermelho. Peço desculpa ao Luciano se em algum momento arrisquei a integridade dele", acrescentou.
Mesmo sem querer analisar o time, Lomba falou do atual momento e da obrigatoriedade do clube se classificar para a Libertadores da América do próximo ano. "A gente reconhece a queda de desempenho e precisa melhorar. Tudo que a gente mais quer é colocar o Inter na Libertadores, mas falar que é obrigação, é desrespeitar todas as outras equipes do campeonato", afirmou.
Já Rodrigo Caetano comentou a ida mais cedo de Rafael Sobis para o vestiário, a expulsão de Nico López após o apito final, mesmo sem ter atuado, e as possíveis punições que os atletas receberão. "Por mais que seja até uma vontade do torcedor saber, que eu respeito, tem algumas questões éticas envolvidas. O que vamos fazer cada um deles (atletas) sabe, ao que estão sujeitos por nossa cartilha, mas isso eu não vou trazer a público", falou.
Sobre as discussões em campo, Caetano foi político e falou que o "calor da hora" e o que "acontece no campo fica no campo" explicam as cobranças mais ríspidas entre os companheiros de time, o que aconteceu com Guerrero, Cuesta e Lindoso.