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Torcedores do Grêmio veem retomada após vitória no domingo
'A derrota é um combustível para sempre buscar o melhor', motiva Roncato, com o filho Enzo
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
"Retomada, é a retomada", disse e repetiu Renan Bassani, ao comentar o primeiro gol do Grêmio marcado por Maicon contra o Botafogo, na tarde desse domingo (27), na Arena Porto-Alegrense. O público de menos de 10 mil torcedores que foi ao estádio voltou para casa com um gostinho de alívio para amenizar a dor da derrota vergonhosa, como admitiu o próprio técnico Renato Portaluppi, para o Flamengo, e com outro mantra:
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"Retomada, é a retomada", disse e repetiu Renan Bassani, ao comentar o primeiro gol do Grêmio marcado por Maicon contra o Botafogo, na tarde desse domingo (27), na Arena Porto-Alegrense. O público de menos de 10 mil torcedores que foi ao estádio voltou para casa com um gostinho de alívio para amenizar a dor da derrota vergonhosa, como admitiu o próprio técnico Renato Portaluppi, para o Flamengo, e com outro mantra:
> Confira o que disseram os torcedores no vídeo:
"Agora é juntar os cacos, limpar as feridas e bola para frente. Corrigir o que tem de ser corrigido", aconselhou Felipe da Rosa. "Aqui a gente nunca desistiu do Grêmio", avisa o jovem, que já mira a briga pela vaga na Libertadores de 2020. "Dá sim, dá sim, focando é possível conseguir uma vaga no G4", aposta Felipe.
Felipe deu conselhos a Renato: "Agora é juntar os cacos, limpar a ferida". Fotos: Patrícia Comunello/Especial
Os sentimentos entre os gremistas variaram muito durante o jogo, que terminou com um placar de 3 gols a 0 para o tricolor. O time ainda terá que correr atrás da máquina para garantir uma vaga.
"Para se redimir (dos 5 a 0 do Flamengo), precisa de mais uma série de jogos", avisa Bassani, indicando que a trilha vai até o final do Brasileirão. "Aos pouquinhos, vamos fazendo a caminhada." Bassani, que reside em Gravataí, listou mudanças que considera cruciais, como de pessoas próximas à Presidência. "Tem de mudar a direção de futebol", disse o jovem, com todas as letras.
Bassani pediu mudanças em postos próximos à Presidência do clube: "Tem de mudar a direção de futebol"
"O time está bem gerido, mas faltaram reposições este ano, por isso a eliminação", associa ele, fazendo um pedido. "Pelo menos uma vaguinha na Libertadores."
Uma fileira acima de Bassani, na ala oeste da Arena, o aposentado Juarez Berte não desgrudou do rádio, falando junto com a narração dos locutores. "O problema do Grêmio é crônico, sem laterais, centroavante. Não tem time", revolta-se o aposentado.
"O problema do Grêmio é crônico", criticou Berte, sem deixar de acreditar no conserto dos erros
Berte estava ainda tentando digerir a derrota na Libertadores. "Perder para o Flamengo é norma, mas não de 5", inconforma-se o morador de Soledade. Mesmo admitindo que até o técnico precisa mudar, o torcedor mostrou que pode ter um alento. "Vamos torcer que acerte o time."
Foi um domingo também de família torcendo juntinho. A advogada Michele Lopes estava com o marido também advogado, Eduardo Canterge, e a filha Isabela, de cinco anos. "Fiquei triste, queria ir para a final da Libertadores no Chile", lamentou Michele, citando que tem uma relação afetiva muito próxima ao Grêmio.
"Meu avô, Dario Martins, defendeu o clube na década de 1950. "Ele teria ficado desesperado (com a derrota). Ele vinha de radinho e almofada para assistir aos jogos", conta ela.
Canterge estava mais ligado no desempenho dentro de campo, reclamou que um gol era pouco. "Podia fazer mais um golzinho para ficarmos mais tranquilos", provocou o pai de Isabela. Como resposta, Thaciano marcou quase que instantaneamente. O trio caiu no abraço.
Mas o advogado tem também sua lista de reclamações. Acha que faltam laterais e precisa buscar "um goleiro mais confiável". Aliás, no começo do jogo, o goleiro Paulo Vitor foi vaiado quando seu nome foi anunciado na escalação.
Estreante na composição completa na Arena, a família Ciceri vibrou com os gols, e Marco Antonio, nove anos, foi o mais agitado. "Deu gol do Grêmio", repetiu o guri, primeira vez assistindo a um jogo do time. Moradores de Cruzeiro do Sul, mãe Ângela Gonçalves Mota, professora, pai Marcos André, policial militar estadual, e Marcelo Augusto, com seis anos. Até o tio dos garotos, irmão da mãe, Cristiano Mota, estava bem contente com o programa.
Família foi a primeira vez a um jogo na Arena com todos os componentes e se divertiu
Quem misturou sensações opostas foi Emanuel Ávila dos Santos, com sete anos, também estreante na Arena. "Tava nervoso, mas agora tô mais animado e feliz porque o Grêmio tá ganhando do Botafogo", descreveu Emanuel. Ele foi com a mãe Symara Matos de Ávila, que cumpriu a agenda com tudo que o garoto tinha direito. Pipoca não faltou.
"Quando o Grêmio perdeu, fiquei me rebatendo. Joguei meu chinelo na parede", lembrou Emanuel
O garotinho não deixou de comentar como foi a noite da derrota para o Flamengo. "Quando o Grêmio perdeu, fiquei me rebatendo. Joguei meu chinelo na parede", lembrou Emanuel, sobre a raiva que sentiu. "Quando o Grêmio perde, fico muito brabo."
Terminado o jogo, Enzo, de dez anos, foi até a área onde fica a estátua de Renato Portaluppi, para registros ao lado do pai, o advogado Riccardo Roncato. Outros torcedores se aglomeravam na esplanada ao redor da estátua.
Provocado a comentar sobre como está o Grêmio, Enzo lamentou que "ele (Renato) poupe os bons jogadores". Já o pai preferiu uma mensagem mais otimista, citando que um time não vai ganhar sempre.
"A derrota é um combustível para sempre buscar o melhor", motivou Roncato, tendo a imagem em bronze de Renato Portaluppi como testemunha.