Após o primeiro turno de utilização do árbitro de vídeo (VAR) no Campeonato Brasileiro, mais da metade dos clubes da Série A defende mudanças. O pedido principal é a liberação das imagens revistas no vídeo e do áudio das conversas entre o árbitro de campo e os auxiliares da cabine. Os cartolas também querem que os torcedores no estádio saibam o que está sendo analisado. Para eles, a tecnologia só deve ser usada para reverter uma decisão caso a marcação do juiz no gramado seja um erro claro.
Dos 20 clubes da Série A, 12 propuseram alterações: Atlético-MG, Bahia, Ceará, Fortaleza, Goiás, Inter, Chapecoense, Avaí, Palmeiras, Vasco, Fluminense e Flamengo. Oito não quiseram se manifestar - Corinthians, São Paulo, Santos, Grêmio, Cruzeiro, Botafogo, Athletico-PR e CSA.
A CBF ainda não se pronunciou sobre as reclamações. Em evento realizado em agosto, a entidade sinalizou que deverá atender boa parte das solicitações a partir da primeira rodada do returno, neste final de semana. Anunciou, ainda, que as revisões do VAR terão as imagens liberadas para quem acompanha os jogos pela TV. Quem estiver no estádio também poderá ver o vídeo utilizado para a análise do árbitro logo após a revisão dos lances. Por outro lado, os áudios com as conversas entre o juiz de campo e o da cabine devem continuar restritos à equipe de arbitragem.