Vitória no finalzinho garante vantagem do Inter sobre o Nacional pela Libertadores

Um resultado que, ao apagar das luzes, caiu do céu. Depois de uma partida morna, sem muitas oportunidades de marcar para nenhuma das duas equipes no histórico estádio Parque Central, o Inter encontrou uma vitória aos 44 minutos do segundo tempo contra o Nacional e, na noite de ontem, largou na frente na disputa das oitavas de final da Libertadores da América.

O técnico Odair Hellmann mexeu na equipe que geralmente usa nas partidas longe do Beira-Rio. Com D’Alessandro em campo desde o início, o Colorado iniciou o confronto jogando no campo dos uruguaios. O primeiro minuto de jogo, por exemplo, foi de blitz colorada.

Com o desenrolar do confronto, os visitantes mantiveram o controle das ações, ainda que sem levar muito perigo ao gol de Rochet. As duas primeiras oportunidades no estádio Parque Central foram gaúchas. Aos oito minutos, Guerrero fez a parede para Patrick que, pela esquerda arriscou. A bola passou perto da trave esquerda. Aos 19, outra chance colorada. D’Alessandro cobrou falta da linha de fundo esquerda e, após bate e rebate na área do Nacional, a bola sobrou para Nico López. O atacante bateu e a bola estava passando pelo goleiro, mas Corujo evitou o gol.

A partir daí, os donos da casa cresceram no jogo. Empurrando o Inter para o próprio campo, os uruguaios pressionaram e criaram uma sequência de chances aos 23, aos 26 e aos 28 minutos. A melhor delas foi a primeira. Após levantamento na área pela esquerda, Uendel afastou mal e a bola ficou com Cotugno, que limpou a marcação e chutou rasteiro. A bola tocou na trave direita de Marcelo Lomba antes de ir para fora.

O jogo perdeu intensidade na etapa final. Com muitos erros de passe, poucas foram as oportunidades criadas por ambas as equipes para marcar. O Nacional tentou fazer uma pressão nos primeiros dez minutos, mas faltou qualidade à equipe uruguaia. Além disso, a defesa colorada se mostrou segura em todas as intervenções.

Os gaúchos tiveram boa chance aos 22, quando Bruno passou pela marcação e mandou o chute de longe, exigindo boa defesa de Rochet. As tentativas de fora da área pareciam ser um caminho para o Colorado, principalmente depois da entrada de Rafael Sobis no lugar de Nico López – que chegou a 18 partidas sem marcar um gol. Aos 33, Sobis mostrou que é sempre perigoso nas finalizações de longa distância. O atacante girou sobre o adversário e mandou a bomba. A bola passou muito perto do gol do Nacional.

Aos 39, Odair fez a mudança que iria definir o confronto: D’Ale deu lugar a Wellington Silva. Cinco minutos depois, o rápido atacante recebeu de Patrick na esquerda, atravessou a área e tocou na direita para Guerrero. O zagueiro falhou e deixou a bola passar e achar o peruano. O camisa 9 não perdoou, chutou cruzado, forte, para marcar o gol da vitória colorada.

Com o triunfo em Montevidéu, o Inter joga pelo empate em Porto Alegre na próxima quarta-feira para avançar às quartas de final da Libertadores.

Nacional 0

Rochet; García (Carballo), Corujo e Felipe Carvalho; Cotugno (Castro), Gabriel Neves, Lorenzetti (Barrientos), Zunino e Viña; Ramírez e Bergessio. Técnico: Álvaro Gutiérrez.

Inter 1

Marcelo Lomba; Bruno, Moledo, Cuesta e Uendel; Lindoso (Nonato), Edenilson, Patrick, D’Alessandro (Wellington Silva) e Nico López (Sobis); Guerrero. Técnico: Odair Hellmann.

Árbitro: Nestor Pitana (ARG)