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Esportes

- Publicada em 24 de Maio de 2019 às 03:00

Imóvel onde morreram brasileiros tinha alta concentração de gás

Corpos foram encontrados na quarta-feira em um imóvel locado no Centro da capital chilena

Corpos foram encontrados na quarta-feira em um imóvel locado no Centro da capital chilena


KARIN POZO/ATON CHILE/AFP/JC
Seis brasileiros - quatro adultos e dois adolescentes - morreram na quarta-feira, em um apartamento em Santiago, no Chile, depois de terem inalado gás, possivelmente monóxido de carbono. Os turistas estavam de férias e haviam alugado um apartamento, por meio da plataforma de internet Airbnb, no Centro de Santiago. Eles estavam havia uma semana na cidade.

Seis brasileiros - quatro adultos e dois adolescentes - morreram na quarta-feira, em um apartamento em Santiago, no Chile, depois de terem inalado gás, possivelmente monóxido de carbono. Os turistas estavam de férias e haviam alugado um apartamento, por meio da plataforma de internet Airbnb, no Centro de Santiago. Eles estavam havia uma semana na cidade.

O grupo passou mal, e, na quarta-feira, um deles chegou a ligar para um tio, falando frases desconexas. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, esse familiar acionou o consulado brasileiro. O cônsul foi até o local, mas ninguém abriu a porta. Enquanto isso, os celulares das vítimas tocavam no interior do apartamento, sem resposta. Após arrombar o imóvel, a polícia encontrou os corpois dos brasileiros.

"Havia seis pessoas mortas, quatro adultos e dois menores. Possivelmente, a morte foi causada por emanação de gás", disse o comandante Rodrigo Soto. Quando a polícia chegou ao apartamento, notou que todas as janelas estavam fechadas, o que pode ter provocado a grande concentração de monóxido de carbono.

A tragédia ocorreu em um edifício localizado na rua Santo Domingo, a 12 quarteirões do Palácio de la Moneda, sede do governo chileno e ponto turístico no Centro da capital. Agentes do Corpo de Bombeiros fizeram a evacuação imediata do prédio - ruas adjacentes também foram interditadas. Depois, realizaram medições do ar no apartamento e descobriram altas concentrações de monóxido de carbono, gás que não emite odor, mas cuja inalação provoca a morte.

O segundo comandante do Corpo de Bombeiros de Santiago, Diego Velásquez, disse que a equipe trabalha para esclarecer, de fato, o que causou a morte dos turistas. Segundo ele, não está descartada a hipótese de que as mortes estejam relacionadas com o tipo de calefação usado nos apartamentos. Na noite de quarta-feira, bombeiros buscavam possíveis escapamentos de gás no local.

A identidade das vítimas foi confirmada por familiares em postagens nas redes sociais. São elas: Adriane Kruger (27 anos) e Jonathas Nascimento Kruger (30), casados; Débora Muniz (38) e Fabiano de Souza (41), também casados e pais das outras duas vítimas, Karoliny, que completaria 15 anos nesta sexta-feira, e Felipe (13).

Fabiano, Débora e os filhos viviam em Biguaçu, na região metropolitana de Florianópolis. Em nota, a prefeitura do município catarinense decretou luto oficial por três dias, "devido à comoção pública vivida em toda cidade após o ocorrido".

O texto ainda informa que Jonathas, nascido em Biguaçu, vivia em Hortolândia, no interior de São Paulo, junto de Adriane. Ele era irmão de Débora. Uma vaquinha foi criada na internet para arrecadar R$ 100 mil para o traslado e o sepultamento dos corpos das vítimas. Posteriormente, a empresa Airbnb anunciou que irá pagar pelo traslado.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou "profundo pesar" pelo falecimento dos seis turistas. "O Consulado-Geral do País em Santiago segue acompanhando o caso e prestando apoio integral para os trâmites necessários à liberação e ao traslado dos corpos", afirmou, em nota. Serão igualmente acompanhados os procedimentos investigativos, a cargo das autoridades chilenas. O Itamaraty aguarda, ainda, a identificação oficial das vítimas.

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