O Ministério Público dos Estados Unidos pede uma pena de dez anos de prisão a José Maria Marin, condenado no final de 2017 por corrupção por um tribunal de Nova Iorque. Os procuradores ainda querem que o ex-presidente da CBF restitua o dinheiro que ele desviou. Sua sentença será anunciada na próxima quarta-feira, pela juíza Pamela Chan.
Marin foi condenado por seis crimes, envolvendo propinas de US$ 6,5 milhões (R$ 25 milhões). Entretanto, seus advogados, em carta ao tribunal, solicitam que ele seja solto "imediatamente" e que o tempo que esteve em prisões na Suíça desde 2015 e nos Estados Unidos já teriam cumprido a função de o penalizar. Pela lei norte-americana, poderia pegar até 24 anos de prisão.
Pessoas próximas ao ex-cartola destacaram que os procuradores norte-americanos reconheceram o fato de ele ter 86 anos. Por isso, na solicitação, a pena que poderia ser de 24 anos foi drasticamente reduzida.
A esperança dos aliados de Marin é de que a juíza entenda que mesmo uma sentença de uma década seria praticamente uma condenação perpétua para alguém da idade dele, e que a sentença final seja acima de tudo financeira.
O caso ainda envolve milhões de dólares e os procuradores insistem que o brasileiro também deve pagar uma "multa substancial". Apresentando-se como vítimas, Fifa, Conmebol e Concacaf querem recuperar pelo menos US$ 120 milhões (R$ 465 milhões) do ex-presidente da CBF e de outros condenados no esquema de corrupção do futebol. As entidades agora acusam seus ex-líderes de ter causado um "dano irreparável" a seus cofres.