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copa 2018

- Publicada em 17 de Junho de 2018 às 22:08

Empate em 1 a 1 frustra estreia do Brasil no Mundial

Na saída de campo, jogadores não conseguiam esconder a decepção

Na saída de campo, jogadores não conseguiam esconder a decepção


/Pascal GUYOT / AFP/JC
Assim como outras favoritas, como Argentina e Alemanha, a seleção brasileira não encontrou facilidade na estreia na Copa da Rússia. Enquanto os argentinos não passaram de um empate com a Islândia e os alemães foram derrotados pelos mexicanos, os comandados de Tite saíram na frente, mas cederam espaços e acabaram ficando no empate de 1 a 1 com a Suíça, ontem, em Rostov.
Assim como outras favoritas, como Argentina e Alemanha, a seleção brasileira não encontrou facilidade na estreia na Copa da Rússia. Enquanto os argentinos não passaram de um empate com a Islândia e os alemães foram derrotados pelos mexicanos, os comandados de Tite saíram na frente, mas cederam espaços e acabaram ficando no empate de 1 a 1 com a Suíça, ontem, em Rostov.
Desde o Mundial da Argentina, em 1978, o Brasil não empatava na rodada de abertura. O resultado deixa a seleção no segundo lugar no Grupo E, empatada com os suíços. A Sérvia lidera a chave após vencer a Costa Rica por 1 a 0, horas antes. Na sexta-feira, o Brasil encara a Costa Rica, às 9h, em São Petersburgo.
O bom futebol do time demonstrado durante boa para das eliminatórias levou alguns minutos para aparecer na Copa. Os primeiros instantes foram de domínio suíço, com uma finalização perigosa de Dzemaili. A seleção pareceu no começo mesclar a ansiedade com um estudo do adversário, até começar a dominar o jogo depois de dez minutos de bola rolando. A paciência para tocar a bola, a aproximação dos jogadores e as triangulações pela esquerda começaram a ditar o ritmo.
O lado do campo com Marcelo, Neymar e a aproximação de Philippe Coutinho passou a trocar passes, ter calma e buscar uma brecha para o gol. Na primeira investida, Paulinho quase fez. Foi uma amostra de que ali era o caminho. Então, era preciso insistir. Aos 20, nova jogada pela esquerda e na sobra da zaga, Coutinho chutou de fora da área, com curva, para colocar a bola no canto de Sommer e fazer 1 a 0.
A vantagem deixou o time ainda mais confiante a ponto de Alisson arriscar passes ousados com os pés e a defesa sair para o jogo com classe. O Brasil seguiu com o domínio, porém sentia mais falta da participação de Neymar. Caçado pelos suíços, sofreu faltas duras - dez no total. Em outros lances, porém, exagerou da individualidade.
Brasil 1 x 1 Suíça
Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro (Fernandinho), Paulinho (Renato Augusto) e Philippe Cooutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus (Firmino). Técnico: Tite.
Sommer; Lichtsteiner (Lang), Schär, Akanji e Rodriguez; Behrami (Zakaria), Xhaka (Embolo), Dzemaili, Shaqiri e Zuber; Seferovic. Técnico: Vladimir Petkovic.
Árbitro: César Ramos (Fifa/México)

Gol suíço gera polêmica, e jogadores brasileiros reclamam com o árbitro

A equipe diminuiu o ritmo antes do intervalo e viu a Suíça passar a ter mais posse de bola. Ainda assim, sem finalizações de perigo. Logo aos cinco minutos da etapa final, em escanteio para a Suíça, Zuber se livrou de Miranda na pequena área e cabeceou para empatar.
O lance gerou muitas reclamações dos brasileiros, principalmente sobre um empurrão do suíço no defensor antes da chegada da bola. O fato é que o empate mostrou o quanto a seleção desperdiçou no primeiro tempo um bom momento e a chance de ter ampliado, ao se acomodar. O segundo tempo foi de erros de passes e perda no vigor na marcação no meio-campo. Tite sentiu isso e para tentar conter o crescente domínio adversário, colocou Fernandinho e Renato Augusto para reforçar o setor.
Nos minutos finais a seleção se arriscou em busca do segundo gol e a Suíça se fechou na defesa. O goleiro Sommer passou a trabalhar em cabeçadas perigosas de Neymar e Firmino. Miranda quase fez o segundo gol em um chute, após rebote. A bola, definitivamente, não quis entrar, para a frustração do Brasil.

'Se tivesse me jogado, o juiz poderia ter dado falta', diz Miranda

Empurrado por Zuber no lance do gol da Suíça, o zagueiro Miranda lamentou que a falta não tenha sido marcada pelo árbitro mexicano Cesar Ramos. Após a partida, o defensor analisou que faltou, da parte dele, ter mostrado que o contato foi mais acintoso e determinante para a jogada. "Talvez, se eu tivesse me jogado, poderia ficar mais claro o empurrão. Tem o árbitro de vídeo, eles viram, mas não acharam que era para tanto. A vida segue", disse o zagueiro.
Capitão da seleção no confronto, o lateral-esquerdo Marcelo lamentou a atitude da arbitragem, mas ponderou que a falha não justifica o tropeço. "A jogada do Miranda... Não vou falar sobre o juiz, mas ele falou que estavam checando, só que apareceu o empurrão. Ele não quis olhar para o telão. Não é desculpa, acontece. Se estão checando para ele, deveria olhar, mas não é desculpa pelo empate", afirmou.

Tite evita usar erro da arbitragem para justificar resultado

Após o jogo, o técnico Tite fez questão de dizer que não iria utilizar o erro do árbitro para justificar o empate. "'O lance do Miranda foi muito claro. E não estou justificando o resultado. Muito claro. O lance do pênalti é passivo de interpretação, mas o primeiro, não. Não dá para conceber alto nível dessa forma", disparou.
Questionado sobre as finalizações, o técnico não poupou críticas, mesmo sem citar nomes. "Talvez a falta de precisão de finalização tenha sido pela marcação. Mas algumas situações foram limpas e faltou precisão. Um pouco de ansiedade, primeiro jogo, vontade de vencer... No técnico também bateu isso, essa pressão associada às duas coisas. Vamos continuar assim. Vamos tomar a falta e sair para o jogo. O Brasil propõe o jogo", analisou.