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Educação Financeira

- Publicada em 30 de Outubro de 2019 às 14:38

Ajuda especializada e organização em busca de equilíbrio no bolso

Recém-formado, Pacheco passou a refletir sobre objetivos começou a planejar a estabilidade futura

Recém-formado, Pacheco passou a refletir sobre objetivos começou a planejar a estabilidade futura


LUIZA PRADO/JC
A educação financeira tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância do planejamento, para que desenvolvam uma relação equilibrada com o dinheiro e tomem decisões acertadas sobre finanças e consumo. Nesse sentido, um de seus pilares está calcado no hábito de poupar.
A educação financeira tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância do planejamento, para que desenvolvam uma relação equilibrada com o dinheiro e tomem decisões acertadas sobre finanças e consumo. Nesse sentido, um de seus pilares está calcado no hábito de poupar.
Para o educador financeiro e especialista em mercado de capitais, Adriano Severo, algumas dicas podem ajudar as pessoas a encontrarem o equilíbrio em relação às finanças. O primeiro passo é fazer um planejamento. "É preciso entender, primeiramente, onde estou gastando e como eu posso gastar de uma forma organizada. Ou seja, entender o meu perfil e o meu estilo de consumo é fundamental para encontrar o equilíbrio. A partir daí, estipular categorias, tomar consciência, aos poucos, do que é necessário e o que é supérfluo", disse.
Outra dica importante do especialista é  se conscientizar de de que "está previsto que teremos imprevistos". Logo, é preciso ter essa consciência e reduzir gastos para se precaver quando os imprevistos aparecerem. "A partir desse planejamento, a pessoa já passa a refletir sobre seus gastos e se controla mais na hora de uma compra por impulso, geralmente ao utilizar o cartão de crédito", destacou.
Nesse sentido, ele dispõe de outra dica valiosa para os menos organizados. "Converse sobre finanças, o tema ainda é um tabu, as pessoas não gostam de falar sobre o assunto, mas sempre tem alguém que já passou pela mesma situação, ou algo semelhante, e pode dar uma boa dica", revela. 
No que se refere aos melhores investimentos, o especialista ressalta que é importante ter uma carteira de investimentos, que inclua produtos de renda fixa, de renda variável e a previdência privada. "O melhor sempre será aquele de acordo com o objetivo da pessoa".
O psicólogo Renan Bernardo Pacheco, 28 anos, procurou uma consultoria para iniciar seu planejamento financeiro. Quando concluiu a graduação, neste ano, entendeu que era o momento de buscar uma ajuda especializada para auxiliá-lo no início da carreira profissional e na busca de meios para realizar seus planos futuros, como morar sozinho. "Tenho alguns amigos que, como eu, iniciaram do zero, talvez mais cedo, mas que hoje estão muito bem financeiramente e isso me motivou bastante a começar a pensar no futuro e me planejar melhor", destaca.
Outro fator que ele considera importante é estudar o mercado financeiro, investimentos e aplicações, para poder investir no produto mais adequado às suas necessidades e realidade. "Minha preocupação surgiu quando me dei conta de que já estava com 28 anos, querendo sair de casa, com um trabalho que me proporciona realizar este investimento, mas que, no entanto, ainda não me permite adquirir algum bem. A partir disso, passei a fazer uma reflexão de vida, dos meus objetivos profissionais e pessoais, pois, futuramente, também quero constituir família e todos esses fatores contribuem para eu buscar uma estabilidade futura", conclui.

Incentivo desde a infância fez a diferença

A gerente de projetos Gabriela Bragagnolo, 27 anos, começou a investir em aplicações financeiras desde quando era bolsista de iniciação científica. Já naquela época, destinava uma parte do que recebia mensalmente para aplicar em um fundo de renda fixa de uma instituição financeira. Quando ingressou em uma multinacional, a empresa oportunizava a contrapartida ao plano de previdência privada dos funcionários e ela aderiu e o mantém até hoje. "Sei que será desta previdência que irei considerar a minha aposentadoria quando for o momento", comenta.
O interesse pela educação financeira surgiu por incentivo dos pais. "Uma das minhas principais lembranças e que deu origem ao meu interesse pelo tema foi quando ganhei o livro Pai rico, pai pobre, uma obra sensacional, que interessa a qualquer pessoa que queira entender um pouco sobre planejamento de finanças. E isso não diz respeito somente à aplicações, mas sim à educação financeira de uma forma geral, de quanto isso é importante para a nossa vida. E a principal lição que carrego, desde então, é que tu tens que fazer o dinheiro trabalhar a teu favor", destaca.
Hoje ela conta que consegue diversificar a carteira de investimentos, pois, além do plano de previdência privada, possui duas capitalizações para a chamada 'reserva de emergência'. Além disso, acompanha as inovações do mercado, inclusive utilizando aplicativo de um banco de investimentos. Entre seus objetivos a curto prazo está uma viagem internacional. "Desde que soube que ia fazer essa viagem comecei a guardar o dinheiro. Mas, o interessante é que nossos objetivos vão mudando de acordo com os interesses de vida que vão surgindo, ou seja, é bom diversificar um pouco também", ressalta.
Uma dica que ela considera importante de compartilhar é o interesse pelo assunto, para entender qual o melhor caminho a seguir. "Hoje costumo dizer que ler sobre o tema é uma válvula de escape, pois esses ensinamentos são para a vida. Se todo mundo conseguisse ter uma base sobre educação financeira desde a infância, por exemplo, o interesse já seria intrínseco. Outro fator que considero importante é manter-se atualizado, pois o mercado muda muito rápido e temos que estar atentos a essas mudanças. O que é rentável hoje pode não ser amanhã, principalmente diante da instabilidade do cenário econômico brasileiro", alerta Gabriela.