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Seguros & Previdência

- Publicada em 26 de Setembro de 2021 às 17:00

Fundação Família e Previdência: foco nos Regimes de Previdência Complementar

Jeferson Moura, da Fundação Família e Previdência, aposta em novo produto

Jeferson Moura, da Fundação Família e Previdência, aposta em novo produto


Fundação Família Previdência / Divulgação JC
Luciana Radicione
Os efeitos da pandemia não respingaram de forma significativa o ramo da previdência privada. Embora em um ritmo mais lento do que em 2020, a Fundação Família Previdência (FFP) registra um contínuo interesse pelos seus 11 planos previdenciários disponibilizados, atingindo um contingente de 18.500 participantes em sua carteira ao longo do ano. Uma das novidades que se tornou foco da FFP neste ano, de acordo com o diretor de Previdência da FFP, Jeferson Luis Patta de Moura, é o segmento de prefeituras, uma vez que a Reforma da Previdência, aprovada em 2019, abriu um novo mercado para o segmento de previdência privada com a obrigatoriedade de criação dos Regimes de Previdência Complementar (RPC) para os entes federativos. "Estamos ofertando nosso novo produto, o Plano Família Previdência Municípios. Estamos participando de processos seletivos em todo o País, principalmente no Rio Grande do Sul e, nas próximas semanas, teremos os resultados dessas concorrências, antecipa. Segundo ele, os municípios têm até 12 de novembro deste ano para implantar o RPC para os servidores.
Os efeitos da pandemia não respingaram de forma significativa o ramo da previdência privada. Embora em um ritmo mais lento do que em 2020, a Fundação Família Previdência (FFP) registra um contínuo interesse pelos seus 11 planos previdenciários disponibilizados, atingindo um contingente de 18.500 participantes em sua carteira ao longo do ano. Uma das novidades que se tornou foco da FFP neste ano, de acordo com o diretor de Previdência da FFP, Jeferson Luis Patta de Moura, é o segmento de prefeituras, uma vez que a Reforma da Previdência, aprovada em 2019, abriu um novo mercado para o segmento de previdência privada com a obrigatoriedade de criação dos Regimes de Previdência Complementar (RPC) para os entes federativos. "Estamos ofertando nosso novo produto, o Plano Família Previdência Municípios. Estamos participando de processos seletivos em todo o País, principalmente no Rio Grande do Sul e, nas próximas semanas, teremos os resultados dessas concorrências, antecipa. Segundo ele, os municípios têm até 12 de novembro deste ano para implantar o RPC para os servidores.
Seguros & Previdência (S&P) - Como está sendo o ano de 2021 para os negócios e quais produtos são destaque no ano?
Jeferson Luis Patta de Moura - Em 2021, seguimos ofertando o Plano Família Previdência para entidades associativas. Tivemos a adesão de 472 participantes no período de janeiro até a primeira quinzena de setembro. Mesmo com os efeitos da pandemia na economia doméstica, as pessoas continuaram procurando nossos planos previdenciários neste ano, porém em um ritmo mais lento do que em 2020. Com isso, chegamos à marca de 18.500 participantes em nossa carteira de clientes ao longo do ano. Com relação aos aportes, ou seja, investimentos além das contribuições normais contratadas mensalmente em nossos planos, tivemos um volume de R$ 1,8 milhão aplicados de janeiro a agosto. As portabilidades não seguiram o mesmo ritmo do ano passado, quando fechamos com R$ 2 milhões de recursos portados para os nossos planos. Em 2021, ainda não batemos os R$ 100 mil. Ainda não tivemos adesões de clientes institucionais neste ano, pois estamos focados no segmento de prefeituras, ofertando nosso novo produto, o Plano Família Previdência Municípios, para os entes federativos que têm até 12 de novembro deste ano para implantar o Regime de Previdência Complementar para os servidores. Nesse sentido, estamos participando de processos seletivos em todo o País, principalmente no Rio Grande do Sul. Nas próximas semanas, teremos os resultados das concorrências que estamos participando.
S&P - Como fazer com que o brasileiro atente para a importância de ser previdente e investir nisso? E como fazer essa equalização em um País onde a maioria da população não consegue nem mesmo guardar dinheiro?
Moura - A pandemia evidenciou que as pessoas estavam com poucas reservas para enfrentar as adversidades econômicas em decorrência de sua duração e os efeitos sobre a renda. Ainda há um longo caminho para o brasileiro despertar para a necessidade de se preparar para o futuro. A previdência pública pagará benefícios cada vez menores para uma população que tende a viver mais e que, consequentemente, necessitará de mais recursos para viver durante a aposentadoria. A previdência privada, ou seja, o investimento de longo prazo, é o caminho para as pessoas passarem esses anos com mais qualidade de vida e segurança. Percebemos um movimento de procura por produtos financeiros e especificamente por previdência privada em alguns segmentos com faixas de renda mais elevadas, que conseguem reservar algum recurso para investimentos. Mas é fundamental as pessoas entenderem que se preparar para o futuro independe de quanto se ganha. Com planejamento e disciplina é possível reservar parte da renda para formar reservas para situações emergenciais e realizar objetivos de médio e de longo prazo. E a previdência deve estar no radar das pessoas. Um investimento de 20, 30 anos pode acumular mais da metade do saldo somente com os juros obtidos pelos investimentos do plano previdenciário. Então, quanto mais cedo as pessoas se planejarem e começarem a investir para o futuro, menor será o esforço de poupança e maiores os resultados lá na frente. Acreditamos que a educação financeira e previdenciária deve começar desde cedo, na escola e em casa com o exemplo dos pais. Depende de mudanças de hábitos de consumo das famílias, do uso consciente dos mecanismos de crédito e de assumir uma postura credora do sistema financeiro ao invés de uma posição devedora.
S&P - Como é constituída a carteira da Fundação Família em termos de participantes, número de empresas, entidades/clientes e patrimônio?
Moura - Hoje, administramos planos para 20 organizações entre empresas que patrocinam planos para seus empregados e entidades que oferecem produtos para seus associados. Cabe aqui explicar que os planos patrocinados pelas empresas têm contrapartida contributiva do empregador, o que é muito vantajoso para o trabalhador. Os planos associativos, por sua vez, são custeados exclusivamente pelos participantes, com possibilidade de contribuições do seu empregador mediante contrato de aportes. Estamos com mais de 18 mil participantes e nosso patrimônio está na casa dos R$ 7,5 bilhões, distribuídos entre os 11 planos previdenciários sob nossa gestão.
S&P - Até agora, o que pode ser analisado sobre o impacto da reforma da previdência para o segmento da previdência privada?
Moura - Com a reforma de 2019, a previdência pública acelerou um processo que já percebemos há muitos anos, assumindo o papel de ofertar uma renda básica para o trabalhador. Aqueles que querem manter o padrão de renda na aposentadoria no mesmo patamar que possuem na ativa, precisam investir em planos de previdência privada. As pessoas já estão se dando conta disso. No entanto, a pandemia chegou logo em seguida, atrapalhando esse movimento entre as camadas da população com renda mais baixa. Paralelamente, a Reforma abriu um novo mercado para o segmento de previdência privada com a obrigatoriedade de criação dos Regimes de Previdência Complementar para os entes federativos. Além dos regimes próprios, estados e municípios devem ofertar planos de previdência complementar para os servidores até 12 de novembro deste ano. Cerca de 40 entidades de previdência de todo o país estão aptas a ofertar planos para os municípios, entre elas a Fundação Família Previdência. Nesse sentido, estamos participando de vários processos seletivos abertos por municípios de todo o país.
S&P - Atualmente, onde os recursos da fundação estão sendo mais investidos e, diante da instabilidade política e econômica, como encarar o desafio de gerenciar esses recursos?
Moura - Nossa carteira de investimentos é bastante diversificada com recursos aplicados nos segmentos de renda fixa (66% da carteira) composto principalmente por títulos públicos federais e no segmento de renda variável (22% da carteira) composto por ações em bolsa de valores, além de segmentos com menores aportes como estruturados e operações com participantes (empréstimos). Trabalhamos com foco no longo prazo. Nesse sentido, nossa política de investimentos é desenhada para atravessar períodos de volatilidade e estresse como o que estamos presenciando nos últimos dois anos. A rentabilidade acumulada, nos últimos 15 anos (2006-2020) foi de 481,5%, muito superior ao CDI, índice de referência do mercado que foi de 316,5% no mesmo período. Em momentos de volatilidade como este, os mercados sempre darão oportunidades para realização de bons investimentos em ativos subavaliados aos investidores com horizonte de longo prazo e a Fundação Família Previdência está atenta a estas oportunidades.
S&P - Já estamos em período de retomada e, neste sentido, como a Fundação Família faz sua aposta para garantir a continuidade dos negócios que se destacaram em ano de crise (2020). O que está sendo pensado para 2022?
Moura - Temos uma carteira de 20 empresas e associações com um grande potencial de ingresso em nossos planos previdenciários. Além dos empregados e associados dessas organizações, podemos ofertar nossos produtos para seus familiares que também podem ser nossos participantes. É neste ponto que entra a questão da educação financeira e previdenciária. Por exemplo: o pai ou a mãe que é nosso participante pode fazer um plano em nome do filho e começar desde cedo a formação da poupança previdenciária para garantir os estudos ou mesmo a futura aposentadoria. Além disso, estamos investindo na adesão ao Plano Família Previdência Municípios, nosso novo produto que oferece condições muito flexíveis para os servidores municipais constituírem um fundo previdenciário com o potencial de retorno que proporcionamos a nossos participantes.
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