Diante de medidas de restrição à circulação e aglomeração de pessoas impostas a partir de março do ano passado, a rotina de milhões foi alterada drasticamente de diferentes maneiras. Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em julho deste ano mostra que, entre maio e novembro do ano passado, 8,2 milhões de brasileiros estavam atuando na modalidade de home office, o que representa 11% do total de trabalhadores ativos no país.
Seja em razão da maior adesão ao trabalho remoto ou mesmo da promoção massiva do ensino a distância por escolas e universidades, o fato é que passar mais tempo dentro de casa favoreceu uma maior procura pelo seguro residencial.
Em 2020, de acordo com a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), a arrecadação dessa modalidade subiu 6,1% em relação ao ano anterior. Entre janeiro e setembro de 2020, chegou a R$ 2,4 bilhões, 2,8% a mais do que no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre deste ano, conforme a CNSeg, a tendência é ainda de alta, com o seguro residencial registrando um crescimento de 19,1% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Hoje, cerca de 14% dos domicílios brasileiros estão cobertos por apólices.
"A mudança para o home office, as crianças com aulas on-line, maior utilização de eletros e elétricos da casa em geral, implicou no aumento da incidência de sinistros como danos elétricos, quebra de vidros etc. E de alguma forma, a percepção dessa situação, fez com que as pessoas entendessem a importância do seguro residencial. Outra questão interessante foi o uso das assistências residenciais: eletricistas, hidráulico, limpeza de caixa d'agua, pet, bike, entre outros", diz o diretor de automóvel e produtos massificados da HDI, Marcelo Moura.