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Not�cia da edi��o impressa de 19/12/2018. Alterada em 18/12 �s 23h00min

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Incentivar a capta��o profissional do p�blico LGBT � fundamental, diz Gall

Incentivar a capta��o profissional do p�blico LGBT � fundamental, diz Gall


JONATHAN HECKLER/JC
Carlos Villela
O mercado voltado ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) é uma das tendências de comércio que mais cresce. Com uma população estimada em 13,6 milhões de pessoas, com potencial de compras de R$ 418 bilhões, o segmento tem chamado a atenção das empresas e seus funcionários.
"A primeira coisa que uma empresa precisa entender é que ela é uma parte da sociedade, ela tem influência direta", afirma Gabriel Galli, coordenador da ONG Somos - Comunicação, Saúde e Sexualidade e cofundador do Freeda, plataforma que reúne estabelecimentos que respeitam a diversidade e oferece qualificação para quem deseja aderir ao selo Espaços de Diversidade. O problema, segundo Galli, é que, muitas vezes, o posicionamento corporativo "acaba ficando mais como ação de propaganda e menos como iniciativa", e que as ações devem ser realizadas também na política interna de gerência das pessoas.
Ele acredita que o argumento de que uma empresa que promove ações de inclusão interna lucra mais e aumenta a produtividade dos funcionários LGBT é frágil, porque a valorização da diversidade vai além da questão estritamente financeira e influencia no cotidiano. "Essas pessoas têm o direito de serem contratadas e prestar serviço porque são seres humanos, e isso tem impacto direto na nossa sociedade", diz.
Em 2013, quatro ativistas trans, dentre elas a cartunista Laerte Coutinho, fundaram a ONG Transempregos, projeto voltado à inclusão de pessoas transgênero no mercado de trabalho, através de parceria com empresas e formação de um banco de currículos. Uma dessas empresas parceiras, a rede de lojas C&A, abriu em novembro uma série de vagas temporárias para profissionais trans.
Galli valoriza o trabalho da ONG e ressalta a complexidade do sistema de acesso à educação e capacitação profissional para a população trans e a comunidade LGBT como um todo. "O processo de qualificação constante é essencial", afirma.
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