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reportagem cultural

- Publicada em 17 de Outubro de 2019 às 21:38

Tesouro da maior e mais antiga biblioteca do Estado reside em Rio Grande

Com acervo de 450 mil volumes, Bibliotheca Rio-Grandense sofre com falta de recursos e apoiadores

Com acervo de 450 mil volumes, Bibliotheca Rio-Grandense sofre com falta de recursos e apoiadores


FOTOS PATRÍCIA LIMA/ESPECIAL/JC
"Amo os livros velhos e as almas jovens." Escrita por Olavo Bilac em 1916, a frase é uma das tantas que, delineada cuidadosamente em um livro de presenças, conta a longa história da instituição que a inspirou.
"Amo os livros velhos e as almas jovens." Escrita por Olavo Bilac em 1916, a frase é uma das tantas que, delineada cuidadosamente em um livro de presenças, conta a longa história da instituição que a inspirou.
Em novembro daquele ano, quando o poeta carioca estava de passagem pelo Sul do Brasil, fez questão de registrar sua visita à já centenária Bibliotheca Rio-Grandense, a maior e mais antiga do Estado, no Centro da cidade de Rio Grande. Ao andar por entre as estantes, encontrou tudo o que amava. Os livros velhos permanecem lá até hoje. Não só livros, como jornais, documentos e obras de arte. Já as almas jovens, vitais para a sobrevivência de um lugar como esse, são bem mais escassas do que no tempo de Bilac.
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Com 173 anos completos, a Bibliotheca Rio-Grandense ostenta um dos maiores acervos do País, com mais de 450 mil obras - para efeitos de comparação, o Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, possui 350 mil obras, e a Biblioteca Pública do Estado, em Porto Alegre, 250 mil. No entanto, a exuberância dos arquivos, com obras raras e as coleções mais completas de jornais antigos editados no Rio Grande do Sul, não garante uma vida confortável à velha instituição.
De natureza privada desde a sua fundação, a biblioteca sobrevive, hoje, dos escassos recursos provenientes dos menos de 300 sócios que pagam uma mensalidade de R$ 20,00. Eventualmente, doações reforçam o minguadíssimo rendimento da instituição que pertence ao quadro de sócios e que nunca esteve sob controle das esferas públicas.
Nos tempos áureos, em que contou com quase 3 mil sócios, a Bibliotheca adquiria acervos e mantinha um corpo de funcionários e bibliotecários qualificado. Também conseguia fazer a manutenção adequada no antigo casarão que a abriga, à beira da Lagoa dos Patos, no coração do Centro Histórico da cidade.
Acostumada a viver altos e baixos ao longo de sua trajetória, a instituição sofreu o pior revés no final dos anos 1990, com a mudança na lei da filantropia. Muitas entidades, entre elas, a biblioteca de Rio Grande, perderam o status de filantrópicas, adquirindo obrigações com o Fisco. Neste caso, o problema se agravou mais ainda com as pesadas taxas cobradas pelo governo federal devido à localização do prédio, construído em terreno de Marinha.
Presidente da Bibliotheca, o historiador e professor da Universidade Federal de Rio Grande, Francisco Alves das Neves, relembra que o auge da dívida acumulada chegou a quase R$ 300 mil - desse montante, cerca de 95% em tributos devidos ao governo federal.
Segundo ele, muitas administrações contornaram o problema como puderam, contando com uma solução que não envolvesse o penoso pagamento integral de todos os débitos - milagre que não aconteceu. "Percebemos que a cidade perderia a biblioteca se as dívidas não fossem pagas. Então, há mais ou menos 15 anos, as diretorias vêm se dedicando exclusivamente a renegociar e a tapar esse rombo. Foram anos de extremo sacrifício, em que os investimentos ficaram praticamente zerados", comenta Neves.
Para se ter ideia do tamanho do problema, o 'nome sujo' da biblioteca a impediu de concorrer a editais de financiamento, projetos de restauro e captação de recursos em leis de incentivo. Sem dinheiro e com as mãos amarradas, o jeito foi cortar na própria carne. Recentemente, os últimos remanescentes do quadro funcional foram demitidos - o caixa da instituição não suportaria nem mais uma folha de pagamento. Restou somente um bibliotecário, que, além de apaixonado pelo local, conhece os sócios pelo nome e é capaz de passear de olhos vendados por entre as abarrotadas estantes.
Tantos anos de pesado sacrifício finalmente deram resultado. Recentemente, a diretoria comemorou a quitação total das dívidas e a garantia para manter as contas no azul. As taxas pela ocupação do terreno de Marinha, por exemplo, foram extintas por um acordo com o governo federal. Já a mão de obra, com exceção do último bibliotecário remanescente, é composta por estagiários cedidos pela universidade e pela prefeitura. Apesar das contas no positivo, não sobra quase nada para obras de manutenção, tão importantes para a conservação de um prédio construído no início do século XIX. A última limpeza da fachada, por exemplo, ocorreu por meio de uma parceria com a Marinha. Pela mesma parceria está sendo realizada, agora, a pintura das aberturas. Há alguns anos, a Fundação Cidade do Rio Grande, entidade privada e sem fins lucrativos que frequentemente lidera projetos em favor da biblioteca, bancou a renovação da rede elétrica. Há um plano de prevenção contra incêndios aprovado, ainda aguardando recursos para ser executado.
Agora, com as dívidas quitadas, a esperança é que a Bibliotheca Rio-Grandense respire novos ares mais aliviada. Os livros velhos permanecerão lá, imponentes, como nos tempos do poeta Olavo Bilac. Resta saber como fazer para chamar as almas jovens de volta.
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Conhecimento para dissipar a herança da guerra

Com 173 anos completos, Bibliotheca Rio-Grandense ostenta um dos maiores acervos do País

Com 173 anos completos, Bibliotheca Rio-Grandense ostenta um dos maiores acervos do País


PATRÍCIA LIMA/ESPECIAL/JC
Fazia pouco mais de um ano que o Tratado de Ponche Verde havia sido assinado entre os Farroupilhas e o Império, trazendo a paz de volta ao Rio Grande do Sul. A cidade de Rio Grande, no Sul do Estado, estava devastada naquele agosto de 1846. O comércio exterior, que, desde o final do século XVIII movimentava o porto, fez crescer também a atividade comercial na cidade, aquecendo sua economia.
A Guerra dos Farrapos, a partir de 1835, fez declinar não apenas o comércio urbano como também afetou a atividade portuária. Com as estâncias tomando o centro do conflito, a produção de charque e derivados de bovinos caiu drasticamente, fazendo cair também as exportações que ocorriam por Rio Grande. Ao longo dos 10 anos de batalhas, a cidade empobreceu e viu se deteriorar seu comércio e seu desenvolvimento.
O final da guerra foi desejado com fervor pelos comerciantes e operadores portuários de Rio Grande, que precisavam retomar seus negócios. Para dialogar com as demais capitais marítimas do mundo ocidental, que enviavam e recebiam mercadorias pelo porto gaúcho, os homens de negócios queriam ver a cidade se reerguer rapidamente. Rio Grande precisava ser cosmopolita como qualquer cidade portuária na Inglaterra ou na Alemanha. E, para isso, um local para cultivar o estudo e a leitura era indispensável.
Nesse contexto, um grupo de 22 membros da elite local funda, em agosto de 1846, o Gabinete de Leitura, que depois viria a ser a biblioteca. Com o mesmo espírito, dois anos antes, foi fundada a Câmara de Comércio, a primeira do Rio Grande do Sul. Os comerciantes e membros da burguesia da época projetavam uma urbe em crescimento, com um referencial universalista, uma espécie de pequena cidade europeia no Sul do Brasil.
Ruas calçadas e urbanizadas, iluminação pública e, claro, espaços para a cultura, como teatros e bibliotecas, eram itens de primeira ordem em qualquer cidade que se quisesse moderna. "A unidade de classe dos comerciantes possibilitou iniciativas como essa. Ter um local para ler os grandes clássicos da literatura mundial dava a eles a credibilidade de que precisavam. Possuir um Gabinete de Leitura era muito bom para a imagem da cidade. Era bom para os negócios", explica o historiador especialista na história de Rio Grande e professor da Furg, Luiz Henrique Torres.
Nos primeiros tempos, o Gabinete de Leitura perambulou por alguns endereços do Centro da cidade. Até que, nos últimos anos do século XIX, a já denominada Bibliotheca Rio-Grandense se muda em definitivo para o antigo casarão que sediava a Câmara Municipal, comprado pela instituição para abrigar o acervo, que, a essa altura, já era vultuoso. Uma curiosidade: ela se chama rio-grandense por que, à época, esse era o gentílico para indicar quem nascia em Rio Grande. Hoje, quem é nascido por lá se chama rio-grandino.
Com uma população pouquíssimo escolarizada, Rio Grande precisava de mais do que apenas um gabinete de leitura. Era preciso que a população aprendesse a ler. Ao perceber essa demanda social, a biblioteca passou a oferecer, pouco tempo depois de sua fundação, uma série de cursos noturnos destinados especialmente a adultos. O objetivo era alfabetizar e qualificar as pessoas para que pudessem atuar nos muitos postos de trabalho abertos no comércio e na atividade portuária. A biblioteca realizou esses cursos por mais de 60 anos, até que a rede regular de ensino começou a funcionar na cidade. Apesar de sempre ter sido privada, ganhou o apelido de biblioteca pública pela relevância que tinha no dia a dia da comunidade. Ainda hoje é chamada assim pelo povo da cidade.

Esperança em um futuro sem dívidas

Ronaldo Morgado pesquisa sobre construção do prédio da Alfândega da cidade

Ronaldo Morgado pesquisa sobre construção do prédio da Alfândega da cidade


PATRÍCIA LIMA/ESPECIAL/JC
Embrenhado entre estantes, o pesquisador silencioso protege o rosto e as mãos do contato com os velhos jornais. Ali, em alguma daquelas páginas, está a resposta para o enigma que o atormenta no momento: ele busca detalhes sobre a construção do prédio da Alfândega, um dos maiores e mais bonitos do conjunto arquitetônico histórico de Rio Grande. Apesar de não se incomodar com a solidão em meio às pilhas de papel amarelado, o servidor público aposentado Ronaldo Morgado reconhece que o interesse das pessoas pela biblioteca é cada vez menor. Mas ele alerta: "Estar aqui, entre a história e o conhecimento, me rejuvenesce. Todas as gerações deveriam saber como é bom ter essa biblioteca tão perto de nós".
A internet transformou o jeito de se fazer pesquisa e representou um duro golpe nas bibliotecas. Hoje, a absoluta maioria dos grupos de estudantes vistos na Bibliotheca Rio-Grandense está lá em função de atividades escolares que envolvem justamente a visita ao local histórico. Suas pesquisas rotineiras para as atividades de ensino, porém, raramente ocorrem ali. Pesquisadores da universidade, dependendo de seu projeto de pesquisa, encontram ali as obras que são objeto de estudo, mas são poucos os que escolhem os velhos livros e jornais como fonte.
Para atrair o público, uma das estratégias tem sido investir os recursos que restam no caixa em livros que agradem os sócios. Assim, com uma oferta de títulos afinada com o gosto popular, a direção consegue manter o interesse dos leitores, que vão em busca dos best sellers. Alguns projetos também já foram retomados, como a realização de seminários para a reunião de pesquisadores. Já está na sexta edição o Seminário Internacional de Pesquisa Histórica, realizado na sala de leitura, em parceria com a Furg. Outros dois projetos, de publicações impressas e digitais, também são feitos por meio de convênio com duas universidades portuguesas.
A partir de agora, com as contas saneadas, também será possível pleitear recursos através da inscrição em editais e programas de captação de verbas públicas e privadas, para projetos culturais. "Já temos condições de buscar recursos para novos projetos. Vamos encerrar essa gestão tendo cumprido o compromisso de sanar as contas. Agora, o importante é que a comunidade reconheça o valor da biblioteca e se engaje na sua manutenção", ressalta o presidente, Francisco Neves.

O desafio de gerir uma bolha analógica no universo digital

Em todo o mundo, as bibliotecas sentiram o impacto da internet em suas rotinas. Ficou muito mais complicado manter a relevância quando acervos e informações de toda a ordem estão ao alcance de um clique, na casa ou no smartphone dos pesquisadores. As instituições brasileiras ainda trabalham para se adaptar às necessidades e particularidades do novo momento. É o caso da Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul, que, há anos, vem registrando uma queda de mais ou menos 30% no número de pesquisadores em seus arquivos.
O caminho, segundo a diretora, Morgana Marcon, é tornar a instituição relevante para a comunidade, com uma programação que convide as pessoas a frequentar o ambiente da biblioteca, em experiências que não podem ser vividas no universo on-line. Nos projetos como a Feira Órbita, realizada três vezes por ano e dedicada a reunir os amantes dos quadrinhos e zines, os jovens invadem a instituição - é nessas ocasiões que muitos deles entram na biblioteca pela primeira vez.
Outros eventos, como o Chapéu Acústico - dedicado à música - e as sessões comentadas de cinema, também abrem as portas do velho casarão de paredes cobertas por afrescos para a comunidade. "A biblioteca não é só emprestar livro e fazer pesquisa. Tem que ser um espaço cultural ativo e relevante na cidade. Assim, é possível sensibilizar as pessoas para a causa, angariando parceiros e colaboradores voluntários", explica Morgana.
Apesar de ser de natureza pública, a Biblioteca do Estado também enfrenta o fantasma da falta de recursos. Segundo a diretora, a escassez de verbas para a cultura faz com que o orçamento da instituição seja minguado, impossibilitando o financiamento de projetos ou obras. "Tudo o que fazemos aqui é por meio de editais e projetos de captação. Por isso, é fundamental estar sempre atento a essas oportunidades e brigar por essas verbas, pois elas são o único caminho para investimentos."

Um passeio pela Bibliotheca Rio-Grandense

Uma visita à velha biblioteca é um passeio imperdível para quem gosta de livros e de história. Localizada no coração do Centro Histórico de Rio Grande, a biblioteca fica entre os pontos mais interessantes da cidade: está ao lado do complexo arquitetônico da prefeitura e a poucos metros da Catedral de São Pedro, o templo católico mais antigo do Estado, que mantém intactas suas características originais.
Ao seu lado está o Mercado Público e o Mercado do Peixe, onde é possível comer um peixe frito fresquíssimo, acompanhado por um cálice de jurupiga (bebida tradicional feita na cidade, parecida com o vinho do porto, herança da cultura portuguesa). A Lagoa dos Patos fica nos fundos do casarão, onde é possível curtir um lindo pôr do sol, acompanhando o vaivém dos barcos de transporte e de pesca.
No interior da Bibliotheca Rio-Grandense, comece visitando a sala de leitura, onde uma galeria de fotos antigas conta a história do prédio e da fundação da instituição. Ali mesmo você pode solicitar as obras para consulta, sentar em uma das mesas e ler à vontade.
Nas visitas guiadas, que devem ser agendadas previamente, é possível conhecer os recantos mais escondidos da biblioteca, como as salas batizadas com nomes de figuras ilustres para a cidade, como Fernando Duprat (foto abaixo), José da Silva Paes e Abeylard Barreto, dedicadas inteiramente a temas como a história da Revolução Farroupilha ou a relatos de viajantes estrangeiros no Rio Grande do Sul.
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Nas salas também estão as obras raras que são o xodó da biblioteca. Uma das mais impressionantes é a Flora Brasiliensis, uma série de livros ricamente ilustrados a mão, impressos no começo do século XX, que catalogam quase 23 mil espécies de plantas brasileiras. Um exemplar d'Os Lusíadas, impresso na Alemanha em 1880, revela o luxo e a opulência da indústria gráfica do final do século XIX. A edição lembrou o terceiro centenário da morte de Camões. Entre as obras mais antigas está uma edição de Diálogos, de Luciano, escrita em castelhano antigo e impressa no reino de Castilla y León em 1550.
PATRÍCIA LIMA/ESPECIAL/JC
O livro de visitas ilustres é outra atração reservada a poucos. Nele estão assinaturas de gente como a Princesa Isabel (registro abaixo), que esteve na biblioteca no dia 31 de dezembro de 1884, e de Borges de Medeiros, que assinou sua página no dia 29 de junho de 1935. Também estão no livro as mensagens de escritores como Coelho Neto, Alcides Maya e Olavo Bilac, que deixou registrada a frase que abre esta reportagem.
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A coleção de jornais antigos impressos no Rio Grande do Sul é a mais completa do Estado. Se você procura alguma publicação feita aqui até meados de 1950, certamente ela está repousando em alguma estante da Bibliotheca Rio-Grandense, à sua espera.

Natural de Rio Grande (RS), Patrícia Lima é jornalista formada Universidade Católica de Pelotas, especialista em Estudos de Jornalismo pela UFSC e Mestre em Literatura pela Ufrgs. Lançou, com Luís Augusto Fischer, o livro Inquéritos em contraste: crônicas urbanas de Simões Lopes Neto (Edigal, 2016).