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Cooperativismo

- Publicada em 18/12/2020 �s 03h00min.

Um ano para continuar em trajet�ria de alta

M�rcio Port, do Sicredi, diz que cooperativas de cr�dito promovem inclus�o financeira

M�rcio Port, do Sicredi, diz que cooperativas de cr�dito promovem inclus�o financeira


MARIANA CARLESSO/arquivo/JC
Adriana Lampert
Otimismo, planejamento e resiliência resumem as perspectivas das cooperativas gaúchas para o ano de 2021. Fazendo jus ao processo histórico de crescer mais que o sistema financeiro em meio às crises econômicas, estas associações devem manter o crescimento de dois dígitos durante o ano que vem, com leve queda no período pós-vacina.
Otimismo, planejamento e resiliência resumem as perspectivas das cooperativas gaúchas para o ano de 2021. Fazendo jus ao processo histórico de crescer mais que o sistema financeiro em meio às crises econômicas, estas associações devem manter o crescimento de dois dígitos durante o ano que vem, com leve queda no período pós-vacina.
O vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port, explica: "Em 2020 crescemos entre 40% e 50%, por conta do aumento de depósitos de pessoas que não gastaram no comércio, e da busca por financiamento por parte das empresas que precisaram sobreviver à pandemia". Segundo o dirigente, a partir do momento que houver uma retomada da vida sem tantas restrições, ambos os movimentos devem voltar aos patamares de anos anteriores. De qualquer forma, a estimativa é continuar crescendo em torno de dois dígitos.
Port destaca que estudos da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da PUC-Rio confirmam o potencial que as cooperativas de crédito têm de estimular a inclusão financeira em comunidades mais distantes dos centros urbanos e com menos renda por habitante. Dentro deste contexto, ele destaca que o segmento, seguiu seu planejamento mesmo em meio à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus no Estado.
Única instituição financeira presente em 96 municípios no Rio Grande do Sul, o Sicredi iniciará o novo ano contando com mais de 1,9 milhão de associados (4% a mais que em 2019) e 11 novas agências, tendo investido R$ 7 milhões em infraestrutura. "Para 2021, a perspectiva é de 13 novas agências no Rio Grande do Sul, com investimento superior a R$ 12,8 milhões", completa Port.
Diante da disseminação da Covid-19 no Brasil, o Sicredi incentivou o acesso aos canais alternativos de atendimento (via WhatsApp, aplicativo, internet banking ou telefone) sem a necessidade de sair de casa. "Nesse aspecto, buscamos constantemente ampliar as opções oferecidas e entendemos a importância da transformação digital", completa o dirigente. Ele destaca que em 2020, a Central Sicredi Sul/Sudeste injetou mais de R$ 380 milhões em tecnologia, valor 12% maior que o investido em 2019. "Nosso foco é seguir com a nossa missão, enquanto sistema cooperativo, valorizando o relacionamento, oferecendo soluções financeiras para agregar renda e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de nossos associados e da sociedade."
Ele afirma que, no ano que vem, será dada sequência ao movimento de expansão para novas localidades, permitindo "potencializar a vocação de cada região, favorecendo uma retomada mais rápida da economia" e viabilizando que as comunidades se desenvolvam a partir de suas próprias riquezas. "O cooperativismo cresce em momentos de crise porque as pessoas passam a cuidar com mais atenção de suas finanças, e encontram nas cooperativas suporte para uma vida financeira mais equilibrada", completa.

Desenvolvimento sustent�vel e constante

Barcellos conta que Unicred-RS 
se adaptou ao novo cen�rio
Barcellos conta que Unicred-RS se adaptou ao novo cen�rio
ALEXANDRO AULER/arquivo/JC

"Estamos bastante otimistas com rela��o �s cooperativas da Unicred Central/RS, no exerc�cio de 2021 e nossa expectativa de crescimento � de 20% no final do ano, seguindo a tradi��o de um�desenvolvimento sustent�vel e constante", resume o presidente do Conselho de Administra��o da Institui��o, Paulo Abreu Barcellos. "Mas ainda � preciso fazer alguns temas de casa e se adaptar ainda mais �s novas regras de jogo, que vivemos, devido � pandemia e desenvolvimento tecnol�gico", pondera.

O dirigente afirma que os resultados de 2020 "foram bem satisfat�rios" e que a cooperativa j� est� adequada �s exig�ncias que o cen�rio de pandemia imp�s. "Trabalhamos boa parte do nosso tempo em home office, e procuramos dentro do poss�vel readequar as nossas opera��es de cr�dito � realidade atual: em muitas foram postergados os vencimentos e as parcelas." Com parte da base das opera��es reduzidas este ano, a cooperativa adentra 2021 com "tranquilidade", nas palavras de seu presidente.

"Somos um sistema bastante consolidado e bem capitalizado, com clientes de bastante capacidade financeira e boa situa��o patrimonial, sendo a maioria profissionais da �rea da sa�de." Contando com um portf�lio grande de produtos, a Unicred sofreu pouco impacto com a crise, mais especificamente na venda de seguros. "Neste segmento houve queda bastante expressiva, mas de maneira geral a nossa carteira de cr�dito, e os dep�sitos � vista e � prazo cresceram." Segundo Barcellos, a "esperan�a do setor � que em fun��o da vacina e da situa��o fiscal e reformas prometidas pelo governo federal" o segmento de cr�dito possa voltar � normalidade em 2021.

Ocergs prop�e parcerias para formar m�o de obra

Vergílio Perius, da Ocergs, quer fomentar as cooperativas habitacionais
Verg�lio Perius, da Ocergs, quer fomentar as cooperativas habitacionais
MARCELO G. RIBEIRO/arquivo/JC
O setor cooperativista deve enfrentar uma série de obstáculos e desafios nos primeiros anos de pós-pandemia de Covid-19. "Até 2023, o País vai contar com 40 milhões de trabalhadores sem ocupação, e mesmo com os arranjos que possam ser feitos para a economia voltar a crescer em níveis municipais, estaduais e federais, esta mão de obra toda não será absorvida", avalia o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergílio Perius. Para ele, a saída é agroindustrialização e a geração de emprego, através de cooperativas habitacionais.
O dirigente destaca que será fundamental desenvolver os setores de agroindústria e construção civil, para gerar emprego, renda e competitividade frente ao restante do mundo. "Se tivéssemos o dobro de produção de carne de suínos e aves, por exemplo, exportaríamos tudo."
Também o arroz, a soja e o trigo são produtos que a agroindústria poderia dar mais atenção, na visão do dirigente. "O País precisa segurar na agroindústria os trabalhadores que estão sendo excluídos do mercado, por conta das commodities", avalia Perius. O dirigente também chama a atenção da importância do governo federal manter a Lei Kandir (que isenta do tributo ICMS os produtos e serviços destinados à exportação) para seguir com o plano agroindustrial no Rio Grande do Sul.
"No setor urbano, a construção civil horizontalizada também precisaria pensar em projetos habitacionais de agrovilas", opina Perius, sinalizando a necessidade de gerar empregos a partir de janeiro de 2021, quando milhares de pessoas deixam de receber o auxilio emergencial do governo federal. "O Brasil precisa gerar atividade econômica para estes trabalhadores e a construção civil poderia absorver 15 milhões de pessoas neste modelo."
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