Gerente nacional do Programa Carne Angus Certificada, F�bio Medeiros avalia que a amplia��o de mercados para su�nos no Exterior tamb�m pode ser porta de entrada para cortes nobres bovinos. "Al�m da R�ssia, temos perspectivas de ingressar com a carne bovina em boa quantidade na Indon�sia e na Tail�ndia ainda em 2019", antecipa Medeiros.
O crescimento das exporta��es bovinas tamb�m tem espa�o na Am�rica Latina, destaca o presidente da associa��o, Jos� Roberto Pires Weber, especialmente no Chile, para onde as vendas quase dobraram entre 2017 e 2018. De acordo com dados da Associa��o Brasileira de Frigor�ficos (Abrafrigo), o mercado chileno comprou, entre janeiro e outubro deste ano quase 73 mil toneladas de carnes bovinas desossadas, frescas ou refrigeradas do Brasil, alta de 89% em rela��o a 2017.
"Mercados n�s temos muito, mas o consumo interno � t�o grande que nos falta produto para aumentar as exporta��es de carnes nobres com certifica��o de qualidade", ressalta Weber.
Representantes de criadores de bovinos de corte e de leite e ind�strias s�o un�nimes no otimismo quanto ao aumento do consumo de carne e em derivados do leite no mercado dom�stico em 2019. A confian�a vem de perspectivas de recupera��o de renda e emprego no Pa�s, parte motivada pela expectativa de que reformas fiscais sejam feitas pelo novo governo federal, o que estimularia a economia nacional.
Presidente da Federa��o da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gede�o Pereira explica que a cria��o ga�cha fica praticamente toda no Estado, e, por isso, ao produtor local o que mais afeta compra e venda s�o �ndices de desemprego, infla��o, taxas de juros e recupera��o de renda. "O consumo dom�stico tem tudo para se expandir no pr�ximo ano. O governo tende a ter seu peso reduzido com privatiza��es e com as reformas necess�rias, e isso estimula economia", opina Gede�o.
Assim como o prato brasileiro deve receber mais carne de gado, o copo igualmente deve ficar mais cheio de leite em 2019, avalia o presidente do Sindicato da Ind�stria de Latic�nios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. O setor l�cteo do Brasil espera, al�m do aumento do consumo, que n�o se repita a invas�o de leite em p� do Mercosul para desestabilizar o setor. "O problema n�o � nem a quantidade de leite que ingressa. O dano ocorre porque h� um ingresso concentrado demais, o que faz os estoques nacionais subirem e os pre�os desabarem", explica Guerra.
Para o executivo, a tend�ncia segue de retra��o no n�mero de fam�lias na atividade, o que teria seu lado positivo. Guerra ressalta que para melhorar a competitividade do setor o ideal seria que as empresas fa�am a coleta em menos propriedades, e em propriedades melhores estruturas. Com mais tecnologia, as propriedades produzem mais leite por hectare e por animal. "Aumentar a produtividade segue sendo nosso maior desafio, mais do qualquer o problema do leite que ingressa do Mercosul", resume o presidente do Sindilat.
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