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Infraestrutura

Not�cia da edi��o impressa de 14/12/2018. Alterada em 13/12 �s 23h00min

Brasil ganhar� mais uma usina a carv�o

Passados cerca de oito anos da entrada em operação de Candiota 3, a última termelétrica a carvão a ser ativada no País, o município gaúcho assistirá, no próximo ano, à inauguração de um complexo semelhante. O grupo Engie constrói na cidade a térmica Pampa Sul, que terá capacidade instalada de 345 MW (cerca de 8,5% da demanda média de energia do Estado).
O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, informa que o começo da geração deverá acontecer no primeiro semestre de 2019. Sobre as perspectivas de que outros projetos carboníferos sejam desenvolvidos no País, o dirigente argumenta que se chegou a um momento de se ter um nivelamento de tratamento das diversas fontes de energia do Brasil. "O carvão é uma delas, que foi excluída, que precisa entrar na pauta", defende.
De acordo com Zancan, é necessário definir uma política nacional para o mineral. "Tenho certeza que não há restrições por parte do novo governo (federal) em relação ao carvão", afirma. O dirigente reforça que o governo que está por assumir a presidência da República é pragmático, liberal, e o carvão é uma fonte de energia competitiva. Zancan diz que a ideia é substituir o parque termelétrico antigo por novas usinas. O representante da ABCM também acredita que, no Rio Grande do Sul, particularmente, será possível desenvolver a carboquímica (com a geração de gás e produtos químicos) como uma forma de gerar riqueza na região. No entanto, o dirigente adverte que para isso se tornar uma realidade será necessário ter um mercado de gás com regras claras.
A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico e de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, Susana Kakuta, prevê que a carboquímica será um tema que avançará no próximo ano. "É um projeto estratégico para o Rio Grande do Sul", defende. A secretária recorda que o Estado possui cerca de 90% das reservas de carvão mineral do País, sendo a 14ª maior do mundo.
O coordenador do grupo temático de energia da Fiergs, Edilson Deitos, ressalta que o Estado conta com projetos termelétricos bem avançados, que poderiam ser materializados, desde que garantam a comercialização da sua energia. Entre essas iniciativas, cita a expansão da usina Pampa Sul, a térmica Seival, UTE Sul, Candiota 4 (todas essas iniciativas a serem feitas em Candiota), complexo Ouro Negro (em Pedras Altas) e CTSUL (em Cachoeira do Sul). Somando-se esses empreendimentos à primeira etapa da Pampa Sul, essas estruturas totalizariam um investimento de cerca de US$ 12,6 bilhões. As termelétricas, todas a carvão, teriam uma capacidade instalada de 3.957 MW (o que equivale a praticamente toda a demanda média de energia do Estado).
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