Os varejistas observam que em linhas gerais, a Reforma Trabalhista diminuiu os passivos potenciais, criando a possibilidade de gerar mais empregos formais em �pocas de maior pujan�a. "A novidade de contratos intermitentes favorece um melhor atendimento ao consumidor com um menor impacto sobre a folha de pagamento, e com isso, sobre os custos de opera��o", opina o presidente da Fecom�rcio-RS, Luiz Carlos Bohn. Ele pondera, no entanto, que apesar dessa possibilidade legal, ainda existe um forte receio por parte dos empregadores de efetivar contrata��es nessa modalidade em virtude da inseguran�a jur�dica derivada da interpreta��o da nova lei nos tribunais. "Enquanto n�o ficar claro como os ju�zes ir�o entender essas contrata��es, esse tipo de contrata��o ficar� restrita a grandes contratantes."
Por sua vez, Ant�nio Cesa Longo, da Agas, pondera que no ano que vem ainda ser� necess�rio que ocorra uma consolida��o da Reforma Trabalhista. "Os supermercados est�o atentos �s possibilidades e certamente h� uma tend�ncia de aumento nos postos de trabalho com a nova legisla��o." O presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas-POA), Paulo Kruse, estima uma retomada das vendas, com investimentos de grandes empresas em novas lojas, seguidos por gera��o de empregos. O dirigente destaca que existe otimismo no ar, puxado por juros est�veis e pela chegada de varejistas no Estado, a exemplo da primeira loja da rede Havan, que se instalou em Passo Fundo no in�cio deste m�s, e as lojas Pernambucanas, que j� estariam negociando im�vel para abrir as portas em solo ga�cho. "No entanto, sabemos que o crescimento real da economia ainda vai demandar algum tempo", afirma. De acordo com Kruse a C&A � outro exemplo de varejista que estuda abrir mais uma loja em Porto Alegre. Mas, segundo o dirigente, n�o h� projetos de instala��o ou amplia��o de shopping centers para o ano que vem, com exce��o do empreendimento do Pontal do Estaleiro.
De acordo com dados do sindicato, o varejo finaliza 2018 com crescimento real de 6% e queda das reclama��es trabalhistas, ap�s a implementa��o da reforma, em novembro. "Agora esperamos pelas reformas da Previd�ncia e Tribut�ria, esta �ltima muito importante para simplificar o processo de pagamento de impostos por parte das empresas." J� o presidente da FCDL-RS, observa que os problemas pass�veis de se enfrentar no pr�ximo ano est�o relacionados a fatores como os benef�cios da redu��o da Selic ainda estarem "distantes do mercado de cr�dito", fazendo com que os juros continuem elevados para o investimento e o consumo - "enquanto o sistema banc�rio permanecer excessivamente oligopolizado", considera Vitor Koch.
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