Atualiza às 17h32min de 10 de março
O presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Voltaire de Lima Moraes, por meio da resolução nº 04/2021, assinou, na terça-feira (9) a instituição do Programa de Assistência à Saúde, que implanta um auxílio-saúde aos magistrados, servidores, ativos e inativos, e pensionistas do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul. O Ministério Público (MP-RS) seguiu a mesma linha e editou resolução também beneficiando servidores, promotores e procuradores.
Segundo o documento, a verba tem caráter indenizatório e buscará ressarcir despesas com planos de assistência médica, hospitalar, psicológica e/ou odontológica.
A secção gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS) emitiu uma nota oficial, nesta quarta-feira (10) contra a criação do auxílio-saúde pelo Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul, Ministério Público do Estado (MP-RS) e Defensoria Pública do Estado.
O atual contexto de crise, causado pela pandemia da Covid-19, é uma das justificativas que levou a entidade a ser contrária à instituição do benefício. Segundo a nota, “a credibilidade no Sistema de Justiça, integrado por todas as funções essenciais à justiça, inclusive a advocacia, seu pleno funcionamento e a confiança da sociedade nas instituições de Estado são fundamentais para a sobrevivência da coletividade que habita nosso Estado e a superação do contexto de crise generalizada enfrentada por nossa sociedade. O momento é de extrema crise, aportando diariamente nas instituições pedidos de apoio a iniciativas de assistência social. Nos Parlamentos e no âmbito do Poder Executivo, estão sendo aprovadas severas medidas de restrição ao cumprimento de obrigações em diversas áreas sociais decorrentes da adesão ao regime de recuperação fiscal em nível estadual e igualmente para fazer frente à aprovação da PEC do auxílio emergencial”.
Também nesta quarta-feira, a Frente Parlamentar de Combate aos Privilégios anunciou que começará a analisar a legalidade do pagamento, que irá beneficiar juízes, desembargadores, membros do MP e servidores.
Os trabalhos serão conduzidos pelo deputado Fábio Ostermann (NOVO), escolhido novo presidente em substituição a Sebastião Melo, prefeito da Capital e ex-deputado. Ostermann apontou que o foco principal será uma análise técnica de mecanismos para suspender o pagamento do auxílio-saúde.