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Publicada em 17 de Março de 2019 às 23:00

No Senar, 2 mil produtores treinaram para evitar a deriva

Aplicação incorreta de agroquímicos causa prejuízos ao bolso e ao meio ambiente

Aplicação incorreta de agroquímicos causa prejuízos ao bolso e ao meio ambiente

/MARIANA CARLESSO/JC
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Os prejuízos causados em pomares de frutas, videiras e em oliveiras no Estado chamaram a atenção, neste ano, especialmente, para um grande problema nas lavouras: a aplicação incorreta de inseticidas, herbicidas e pesticidas. Chamada de deriva, a falha consiste no desvio do produto aplicado, caindo fora do alvo, podendo provocar danos a lavouras vizinhas, e, dependendo das condições de vento, o produto pode viajar dezenas de quilômetros. Pelo estande do Senar, no qual aulas práticas sobre o tema foram realizadas diariamente, diversas vezes por dia, passaram cerca de 2 mil produtores.
Os prejuízos causados em pomares de frutas, videiras e em oliveiras no Estado chamaram a atenção, neste ano, especialmente, para um grande problema nas lavouras: a aplicação incorreta de inseticidas, herbicidas e pesticidas. Chamada de deriva, a falha consiste no desvio do produto aplicado, caindo fora do alvo, podendo provocar danos a lavouras vizinhas, e, dependendo das condições de vento, o produto pode viajar dezenas de quilômetros. Pelo estande do Senar, no qual aulas práticas sobre o tema foram realizadas diariamente, diversas vezes por dia, passaram cerca de 2 mil produtores.
Evitar a deriva depende, por exemplo, de conhecer as condições ideais de aplicação em termos de velocidade e direção do vento, umidade e temperatura. Além das condições meteorológicas, influenciam na dispersão dos químicos a escolha das pontas ou bicos dos pulverizadores e até mesmo o tamanho da gota que sai do equipamento e as quantidades corretas utilizadas, entre outros fatores. "Vale lembrar que a aplicação incorreta, além dos danos ao ambiente e a lavouras vizinhas, também significa perda econômica para o produtor, já que é um insumo jogado fora", afirma Gustavo Pippi, um dos instrutores do Senar que deu treinamento no estande.
Superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli também destacou que o primeiro prejudicado pela deriva é o próprio dono da lavoura. Isso porque ele recebeu a recomendação, por exemplo, de aplicar um litro e meio de determinado defensivo, fez o trabalho, gastou com o produto e a aplicação, e lidou com insumos que, se mal administrados, podem representar um risco à sua saúde. "E, no fim das contas, ainda aplicou uma subdose na lavoura com um resultado menor que deveria ter sido obtido. E, ainda por cima, prejudica as relações com o seu vizinho", ressalta Condorelli.

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