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Not�cia da edi��o impressa de 27/08/2018. Alterada em 27/08 �s 08h13min

Expointer dever� ser de 'expectativa e supera��o'

Na foto: Secret�rio da Agricultura, Odacir Klein

Na foto: Secret�rio da Agricultura, Odacir Klein


/KARINE VIANA/PAL�CIO PIRATINI/JC
Rafael Vigna
O sol que tomou conta do Parque Assis Brasil, na tarde de sábado, em Esteio, resgatou a confiança dos representantes de entidades organizadoras da 41ª edição da Expointer. Apesar das incertezas com o cenário eleitoral, o ambiente econômico marcado pelo encarecimento dos insumos e a elevação da taxa de câmbio, o clima de otimismo dominou a abertura oficial da feira. Na avaliação dos representantes do setor, o evento será marcado pela "superação" e pela "expectativa" de bons negócios - já projetados em cerca de R$ 2 bilhões em 2018.
"Tenho certeza de que esta será a melhor Expointer dos últimos anos", sacramentou o secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto. Na mesma linha, o presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia, afirma que a 41ª edição do evento já dá indícios de que "teremos uma grande Expointer neste ano".
Para o presidente do sistema Farsul, Gedeão Pereira, essa será uma feira lembrada pela expectativa e pela superação. "Temos noção dos grandes desafios e esta é uma oportunidade para superarmos as dificuldades", comenta.
Gedeão chama a atenção para as incertezas que rondam a realização da feira. "O ambiente econômico é absolutamente confuso. A única certeza que temos é que não sabemos o custo da nossa safra. Quando o dólar bate na casa de
R$ 4,10, mesmo que os fundamentos econômicos indiquem um câmbio a R$ 3,40, temos a nossa incerteza ampliada. Mesmo assim, creio que teremos uma grande feira", analisa.
O secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Odacir Klein, minimiza os efeitos do cenário macroeconômico. Segundo ele, trata-se de algo "circunstancial", mas que não anula o otimismo com o desenvolvimento do agronegócio gaúcho. "Há expectativa e perplexidade com relação ao cenário econômico. Crises são constantes no setor. Por outro lado, quem compra animais de raça está de fato olhando para o futuro. Quem investe em máquinas e implementos agrícolas não está olhando para o presente ou para a crises circunstanciais, mas sim demonstrando otimismo com o futuro", afirma.
 

Lideran�as recordam Carlos Sperotto

Presidente da Farsul, Gede�o Pereira (e) destacou as incertezas econ�micas, mas o secret�rio da Agricultura, Odacir Klein (d) aposta em otimismo no setor rural
Presidente da Farsul, Gede�o Pereira (e) destacou as incertezas econ�micas, mas o secret�rio da Agricultura, Odacir Klein (d) aposta em otimismo no setor rural
/KARINE VIANA/PAL�CIO PIRATINI/JC

"Carlos Sperotto vive", proclamou o secret�rio estadual da Agricultura, Pecu�ria e Irriga��o, Odacir Klein, durante a abertura da 41� Expointer. A aus�ncia do l�der setorial que comandou o sistema Farsul com punhos de ferro por mais de 20 anos, foi sentida por muitos representantes setoriais. "N�o se pode falar em uma homenagem p�stuma, porque aqui no parque tem muita vida do Sperotto. Ele vive em cada resultado, em cada feito de suas lutas", complementou o secret�rio.

Emocionado, o substituto de Sperotto � frente da Farsul, Gede�o Pereira, lembrou algumas bandeiras defendidas pelo ex-presidente da entidade, como a libera��o da transgenia, as melhores condi��es de securitiza��o e a defesa "incontest�vel e incondicional" do direito � propriedade. "Esta ser� mais uma grande Expointer, mas uma feira �rf� do nosso grande presidente que nos deixou. Se estabeleceu um sentimento de aus�ncia para o Estado que estava acostumado a ter uma personalidade forte na defesa dos interesses do agroneg�cio", disse.

Fetag demonstra preocupa��o com Censo Agropecu�rio

Otimista com a feira, mas preocupado com alguns indicadores do último Censo Agropecuário do IBGE, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, cobrou união dos governos em esfera federal e estadual para debater soluções. O representante da entidade demonstra apreensão com o envelhecimento dos homens e mulheres do campo.
"O Censo rural indica algo que já nos tira o sono há algum tempo. Há cada vez menos gente jovem no campo e cada vez mais pessoas acima de 65 anos de idade à frente das nossas propriedades rurais. Quem vai produzir os nossos alimentos em 20 anos?", questiona.
Outro aspecto destacado por Silva se refere ao fato de 50% dos agricultores familiares não possuírem assistência técnica em seus segmentos. "Se quisermos avançar no desenvolvimento rural, precisamos melhorar esses indicadores. Governo do Estado e federal necessitam trabalhar neste sentido. Já perdemos produtores, principalmente, de leite nos últimos anos. Não queremos continuar perdendo no leite, no frango, nos suínos e em nenhuma área da agricultura familiar. Temos de discutir estas questões, principalmente, em um ano eleitoral."
 
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