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Porto Alegre, quarta-feira, 28 de agosto de 2019.
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Jornal do Com�rcio

Not�cia da edi��o impressa de 28/08/2019.
Alterada em 28/08 �s 03h00min
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Menor demanda e pre�os reduzem exporta��es de soja

Thiago Copetti
A retração nas compras de soja pela China - que devido à peste suína africana demanda menos farelo para alimentação animal - e a queda na cotação internacional do grão fez desabar as exportações da oleaginosa no primeiro semestre deste ano. O volume embarcado entre janeiro e junho deste ano caiu 39,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Em valores, a perda foi ainda maior - chegou a 48,2%, segundo dados divulgado nesta terça-feira (27) pelo Departamento de Economia e Estatística da secretaria de Planejamento do Estado.
Enquanto nos seis primeiros meses de 2018 foram comercializados US$ 3,082 bilhões, neste primeiro semestre de 2019 os negócios alcançaram US$ 1,6 bilhão. Neste período a China comprou 34,8% menos produtos agrícolas de produtores gaúchos, especialmente a oleaginosa.
"Mas vale lembrar que, além da demanda reduzida da China neste ano, as exportações em 2018 foram muito elevadas, já que naquele período a peste suína africana ainda não havia avançado", explica Sérgio Leusin Júnior, um dos responsáveis pelo levantamento.
A boa notícia, ao menos parcialmente, é que o mês de julho já demonstrou recuperação nas vendas externas do grão, mas ainda segue em queda o complexo soja como tudo, especialmente a procura por farelo. Em julho, a alta nas exportações do grão foi de 1,3% em valores, alcançando US$ 426,2 milhões, com 1,5 mil toneladas saindo de Rio Grande. No entanto, no complexo soja como um todo, houve queda de 8,6% em valor e 4,9% em volume.
Segundo Rodrigo Feix, outro responsável pelo estudo, a partir dessa retomada, e com os preços da oleaginosa subindo no mercado internacional, produtores e cerealistas que aguardavam preços melhores devem retomar os embarques. Com isso, a expectativa é de que a diminuição nas vendas externas no total do ano fique em torno de apenas 3,5% menor do que as registradas em 2018. "Os grãos não embarcados neste período não chegam a afetar a economia gaúcha no momento porque são como uma poupança, que está armazenada nos silos dos cerealistas", explica Feix.
A queda na retração do consumo de soja pela China e os altos estoques mundiais, no entanto, ainda são uma ameaça aos produtores, que agora começam a planejar o plantio da nova safra. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pela Emater-RS, deverá haver expansão de quase 2% na área semeada no Estado.
Apesar de as exportações de carnes estarem em alta para atender justamente o mercado chinês (que teve de abater cerca de 200 milhões de suínos devido à peste), a maior produção de frango e suínos no Brasil para abastecer o gigante asiático ainda não é suficiente absorver o excedente de soja estocada. "O mercado da soja está extremamente incerto, dado à guerra comercial entre Estados Unidos e China e as oscilações do câmbio. Mas também é fato que não existem muitos fornecedores globais desse grão", ressalta Feix.

Onde houve alta nos embarques

Entre os indicadores positivos de exporta��es do agroneg�cio ga�cho no primeiro semestre do ano est�o:

Produtos florestais (em 56% tanto em volume quanto valores)

Fumo (25,8% em valor e 31,8% em volume)

Cereais, farinhas e prepara��es (30,7% em valor e 61,4% em volume).

No segmento de carnes, dois dos destaques foram:

Ar�bia Saudita (39,3%), com retomada de compras interrompidas ainda no in�cio do ano

R�ssia (87,8%), que voltou a ser cliente da carne su�na Brasil, ap�s os neg�cios terem sido interrompidos no final de 2017 e retomados no final de 2018

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