Negócios na Expodireto somam R$ 2,4 bilhões, com alta de 9,6%

Com propostas de compra que somam R$ 2,419 bilhões e destaque para o crescimento das aquisições à vista e com recursos próprios, a Expodireto Cotrijal se encerrou nesta sexta-feira (15) com alta de 9,6% nos valores solicitados frente à edição do ano passado.

De acordo com Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, as compras feitas sem necessidade de financiamento somaram R$ 235 milhões, alta de 38% sobre a edição de 2018. “O crescimento expressivo das compras com recursos próprios mostra que o produtor está capitalizado e que havia se preparado para essas aquisições”, avalia Mânica.

Ainda de acordo com balanço divulgado no encerramento do evento, as propostas encaminhadas aos bancos privados somaram R$ 1,548 milhão (alta de 13%), via financiamento direto das indústrias R$ 344 milhões (1% acima) e outros R$ 290,6 milhões (queda de 12%) em negócios no pavilhão internacional. Já o pavilhão da agricultura familiar teve vendas totais de R$ 1,05 milhão (3% a menos que o resultado de 2018).

Na área internacional, a queda ocorreu, segundo Mânica, devido à suspensão de um programa da ApexBrasil uma semana antes do evento, somada à ausência de compradores do exterior que tradicionalmente eram trazidos pelo Ministério da Agricultura. “Também o fato de uma grande cooperativa argentina que não veio afetou os negócios internacionais”, complementa o presidente da Cotrijal.

A melhor notícia da feira, porém, disse Mânica, no encerramento do evento, está fora do parque: as melhorias na ERS-142. O pleito de mais de 30 anos do setor, de duplicação da rodovia ao menos no trecho entre Carazinho e Não-Me-Toque, foi anunciado pelo governo do Estado antes da abertura da Expodireto.

“Há pouco ficamos sabendo que as obras poderão começar na próxima terça-feira e devem estar concluídas em 90 dias. Eu acho esse prazo bastante arrojado, vamos esperar para ver. Mas é importante que saia. Já tivemos mortes e acidentes demais nesse trecho”, lembrou Mânica.