Com expansão de, no mínimo, 500 a 600 toneladas a mais colhidas neste ano, o milho ganhou destaque entre as culturas de verão. Com bons preços e produtividade melhor do que ano passado, porém, o grão ainda briga para se manter mais presente nas lavouras do Estado. Em 2018, foram colhidas cerca de 4,5 milhões de toneladas e, neste ano, podem ser colhidas entre 5,024 milhões, segundo a Emater, até 5,7 milhões, de acordo com a Conab.
"Apesar de diferentes, todas as projeções confirmam a expansão da safra de milho que já está sendo colhida. Fundamental para a alimentação animal, o milho precisa de estímulos para que não tenha de vir de fora do Estado para abastecer os criatórios de suínos e de aves, por exemplo", alerta Odacir Klein, presidente do Instituto de Pesquisa Gianelli Martins (IPGM).
Juntamente com o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), o IGPM apresentará, nesta segunda-feira, na Expodireto, o 11° Fórum do Milho. A ideia, diz Klein, é encontrar, juntamente com o setor da pecuária, maneira de o Rio Grande do Sul se tornar autossuficiente no abastecimento do cereal.
"Para isso, o produtor precisa ter liquidez na hora da venda e bons preços. Mas os desafios incluem, por exemplo, espaço para a armazenagem. Isso porque compete com a soja no espaço dos silos de empresas e cooperativas", destaca Klein.