Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Feira

- Publicada em 09 de Março de 2022 às 16:44

Pavilhão da agricultura familiar tem grande movimento na Expodireto

Além do pavilhão lotado, também a feira registrou elevado público nesta quarta-feira

Além do pavilhão lotado, também a feira registrou elevado público nesta quarta-feira


Ramiro Furquim/@outroangulofoto/jc
As vendas vão muito bem no pavilhão da agricultura familiar da Expodireto. Na quarta-feira (9), a feira em Não-Me-Toque teve seu dia mais cheio. As ruas do parque se encontravam apinhadas de gente, e o pavilhão esteve abarrotado o dia inteiro.
As vendas vão muito bem no pavilhão da agricultura familiar da Expodireto. Na quarta-feira (9), a feira em Não-Me-Toque teve seu dia mais cheio. As ruas do parque se encontravam apinhadas de gente, e o pavilhão esteve abarrotado o dia inteiro.
Nos primeiros dois dias de evento, os pequenos produtores rurais comercializaram R$ 479,4 mil em produtos artesanais oriundos de propriedades de 120 municípios gaúchos. Na segunda-feira passada, o resultado foi de R$ R$ 168,4 mil. Na terça (8), o faturamento já cresceu: R$ 311 mil. No total, são 197 expositores dentro do pavilhão nesta edição.
Inaugurado em 2008, o pavilhão da agricultura familiar é um dos queridinhos da Expodireto. Nele, é possível encontrar quitutes fresquinhos, como cucas, vindas diretamente da fazenda de cada um dos produtores.
O produtor rural Rafael Gustavo dos Santos traz carregamentos todos os dias de sua fazenda de 19 hectares em Arroio do Tigre, município próximo a Candelária, para oferecer alimentos com a melhor qualidade possível para os clientes.
“Venho desde o primeiro ano. A expectativa era grande de voltar à feira, e voltou superando as expectativas. Para nós, é a melhor edição de todos os anos, em vendas. Não sei em público, mas o pessoal que veio esse ano veio para comprar mesmo”, relatou Santos, que vende cucas, salames, queijos e biscoitos. “A gente tem uma propriedade pequena e tenta tirar o máximo dela”, conta.
Outro produtor que há bastante tempo está presente na Expodireto - mais especificamente 15 anos, Dionatan Sobucki, que cultiva árvores frutíferas para produção de sucos em Sete de Setembro. Nesta volta às atividades em Não-Me-Toque, ele chega com uma cartilha diferenciada: “Sempre buscamos inovar. Temos um novo carro-chefe que são as frutas típicas da região sul, como butiá, jabuticaba, pitanga, uvia e gabiroba. No início a gente só trabalhava com abacaxi, laranja e uva, mas decidimos buscar algo diferente”, informou Sobucki. Basta um gole dos sucos do produtor para atestar a qualidade dos frutos.
Dona Lurdes Merlini Raimundi trouxe de Carlos Barbosa o queijo que ganhou o primeiro lugar da Expointer nas últimas três edições da feira que ocorre em Esteio. Ela vê com positividade o início da Expodireto deste ano. “As vendas estão começando bem, melhor que antes da pandemia. A última vez, em 2020, não vendemos muito. E se a gente não vende, vamos fazer o quê? Acho que o pessoal estava com saudade”, concorda.
O apicultor José Teixeira, de Caçapava do Sul, também trouxe um produto premiado na Expointer. “Tricampeão”, como gosta de falar. Ele, porém, acha que as vendas estão abaixo da expectativa. “A movimentação está boa, mas o pessoal compra pouco. Hoje está mais cheio, consequentemente as vendas devem subir. Vale a pena a viagem pelo conhecimento, pelas amizades e pela divulgação da marca”, afirma ele, do altos dos seus 63 anos.
Artesanato também atrai visitantes ao local
Na parte do artesanato os resultados também são positivos. "Faz anos que a gente participa. Geralmente, a partir do terceiro dia começa a ficar mais movimentado, mas já está ótimo. A gente fica muito feliz de poder estar aqui de novo. Sempre foi muito importante essa feira”, afirma Giovana Baggio Sabadin, de apenas 18 anos, que comercializa cuias e bombas de chimarrão fabricadas pela família em Constantina.
Sheila Sabadin revela parte do segredo familiar que permite a produção de cuias de boa qualidade. “Se ela é feita de qualquer canela, dá cheiro e gosto. Mas a gente faz de uma canela específica, que não costumamos divulgar, e é isso que diferencia nosso produto”, relata.
Para o assessor de política agrícola e agroindústria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Jocimar Rabaioli, mais do que o sucesso das vendas, “o passo mais importante é poder retomar (o evento)”.
“Esse convívio das famílias é importantíssimo. Hoje já começa um movimento intenso, quando as excursões acabam participando mais. Para a agricultura familiar, que vem de seca e pandemia, com essa feira que é uma das maiores da América Latina, as famílias vão poder se recapitalizar e voltar a investir nos seus negócios para continuar com a agroindústria de portas abertas”, afirma Rabaioli.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO