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- Publicada em 04 de Março de 2020 às 03:00

Soja deve ter incremento de preço e de demanda, diz especialista

Em meio às muitas preocupações em torno da estiagem, um cenário de otimismo preponderou no 31º Fórum Nacional da Soja. O principal palestrante do evento, Alexandre Mendonça de Barros, engenheiro--agrônomo e doutor em Economia Aplicada, falou para um auditório lotado e carente de boas notícias.
Em meio às muitas preocupações em torno da estiagem, um cenário de otimismo preponderou no 31º Fórum Nacional da Soja. O principal palestrante do evento, Alexandre Mendonça de Barros, engenheiro--agrônomo e doutor em Economia Aplicada, falou para um auditório lotado e carente de boas notícias.
Engana-se quem pensa que a apresentação foi planejada com um enfoque positivo para agradar ao público. Barros apresentou, a todo momento, embasamento para cada ponto defendido a favor da soja brasileira na palestra Perspectivas da Economia Agrícola no Brasil e no Mundo. Integrante do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), professor da Fundação Dom Cabral e sócio da MB Agro Consultoria, Barros aposta que a cotação da oleaginosa poderá, entre 2020 e 2021, alcançar patamar de até US$ 12, ante os atuais cerca de US$ 9. Com um dólar que ele igualmente projeta em nível elevado, acima dos R$ 4,00, os ganhos para o produtor são uma possibilidade bastante concreta.
A lista de fatores que devem levar ao incremento inclui a recomposição do plantel suíno chinês nos próximos anos (reduzido à metade para conter a peste suína africana), por exemplo. E até mesmo o atual fantasma global, o coronavírus, poderá, ao longo dos próximos meses, beneficiar as exportações de alimentos, avalia Barros. Inclusive como forma de combater a doença, explica, já que o corpo bem nutrido é parte fundamental da saúde, e a segurança alimentar é uma prioridade chinesa.
"No momento, há, sim, um represamento do consumo e contêineres abarrotados de carne nos portos, mas creio que, a partir de maio, a situação se normalize e até estimule as importações de alimentos. Não consigo ver fragilidade na demanda por proteína e pela soja", explica o executivo.
Barros, obviamente, não ignora o caos gerado hoje pela doença nos mercados mundo afora, mas avalia que poderá ser parte da política chinesa passar a importar mais alimentos. E, nesse sentido, diz, o Rio Grande do Sul poderá ser um dos grandes beneficiados, com embarques de grãos, carnes e leite.
Há quem tema que o recente acordo com os Estados Unidos (que prevê prioridade de compra da soja norte--americana) vá afetar a demanda pela soja brasileira. Barros, porém, descarta essa possibilidade. "Se os Estados Unidos exportar mais soja para a China, ele terá que importar do Brasil para abastecer o seu mercado interno, que tem consumo gigante, assim como imensa produção de proteína animal demandando o grão", completa.
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