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Dia da Indústria

- Publicada em 23 de Maio de 2019 às 18:34

Otimismo já foi maior na indústria, avalia presidente da Fiergs

Para o presidente da Fiergs, reformas podem ajudar na retomada

Para o presidente da Fiergs, reformas podem ajudar na retomada


LUIZA PRADO/JC
João Dienstmann
Depois de perceber crescimentos em vários segmentos industriais, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry, afirma que o ânimo do empresariado está arrefecido. Em entrevista ao Jornal do Comércio, Petry avalia que o otimismo da indústria já foi maior.
Depois de perceber crescimentos em vários segmentos industriais, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry, afirma que o ânimo do empresariado está arrefecido. Em entrevista ao Jornal do Comércio, Petry avalia que o otimismo da indústria já foi maior.
Jornal do Comércio - A retomada da atividade industrial gaúcha, na sua opinião, é satisfatória?
Gilberto Petry - Acredito que não, pois a indústria está estagnada. Quando chegamos nas eleições, no ano passado, imaginava-se que o (Geraldo) Alckmin pudesse estar no segundo turno pela questão de tempo de TV, mas ficou o Haddad e o Bolsonaro, com suas linhas de atuação. Com a definição do presidente, começou a articulação para a reforma da Previdência e a negociação do Executivo com o Legislativo. O que vimos na indústria foi um bom janeiro e fevereiro, embalado pelo novo governo e o aceno às reformas, mas em março e abril já estagnou por conta desse clima de apreensão. O otimismo já foi maior na indústria.
JC - Por que o senhor entende que ainda há oscilação dos setores da indústria?
Petry - Porque não há uma confiança na cabeça das pessoas que eles podem fazer determinados gastos. Quando uma pessoa assume o compromisso de comprar um apartamento? Quando ela sabe que poderá pagar. Se ela não tem a certeza, vai gastar apenas no que é absolutamente necessário para viver, com aluguel, telefone, luz, água. Outro tipo de investimento ela só fará se perceber que há uma expectativa boa pela frente. Tudo nasce da perspectiva das pessoas, não das empresas. As empresas só existem, pois há consumo das pessoas. E, se há o consumo, esses segmentos vão se abastecer na indústria para comportar a demanda.
JC - Não há uma aposta muito grande em relação às reformas por parte dos empresários?
Petry - É o que tem hoje para apostarmos. E o governo também aposta tudo na reforma da Previdência. Se as pessoas vivem mais do que viviam há 20 anos, é preciso mudar o sistema de contribuição. Não pode se pagar 20 ou 30 anos e receber por 40 ou 50, em nenhum lugar do mundo funciona isso. Quando isso começou, a expectativa de vida era outra, a exceção de antes é a regra de hoje, as pessoas vivem mais. Além disso, os investidores de fora veem de que forma o País pagará suas contas. É como um banco, ele não emprestará dinheiro para quem não tem capacidade de honrar com o valor. Se o estrangeiro percebe que o Brasil está andando e com suas contas em dia, vai projetar um investimento por aqui.
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