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Dia da Indústria

- Publicada em 23 de Maio de 2019 às 18:23

Perspectiva no setor é de crescimento mais tímido

Retomada da produção industrial esfriou desde o início do ano

Retomada da produção industrial esfriou desde o início do ano


JOSÉ PAULO LACERDA/DIVULGAÇÃO/JC
João Dienstmann
O setor industrial brasileiro foi o mais impactado pela instabilidade econômica. Uma onda de demissões, paralisação da produção por meses e quedas abruptas, mês a mês, enferrujaram uma importante engrenagem do desenvolvimento nacional. Aos poucos, os segmentos vão recuperando as perdas sucessivas - ainda que de maneira gradual - e há o crescimento na expectativa do empresário industrial de que dias melhores voltarão a ser praxe.
O setor industrial brasileiro foi o mais impactado pela instabilidade econômica. Uma onda de demissões, paralisação da produção por meses e quedas abruptas, mês a mês, enferrujaram uma importante engrenagem do desenvolvimento nacional. Aos poucos, os segmentos vão recuperando as perdas sucessivas - ainda que de maneira gradual - e há o crescimento na expectativa do empresário industrial de que dias melhores voltarão a ser praxe.
Em um de seus estudos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou um forte crescimento no Índice de Confiança do Empresário da Indústria (ICEI). Durante a corrida presidencial, no segundo semestre do ano passado, o índice chegou a 66 pontos, considerado elevado CNI, uma vez que a média histórica aferida gira em torno de 54 pontos. Contudo, desde o início do ano o ICEI vem caindo.
Em maio, a CNI registrou 56,5 pontos, número ainda acima da média, mas que mostra um ceticismo do empresário para com as medidas em âmbito federal. A região Sul é a mais confiante, deixando para trás Centro-Oeste e Norte do Brasil. Recentemente, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) divulgou a quarta queda consecutiva no ICEI. Na medição de maio, o indicador caiu 3.2 pontos, passando de 60,9 para 57,7.
O economista da CNI, Marcelo Azevedo, entende que o motivo para a redução da expectativa é um somatório de fatores. O aumento nos estoques das empresas, aliada à falta de demanda interna e aos movimentos pouco céleres dos novos mandatários, sobretudo o federal, para aprovação de reformas ajudou a reduzir a expectativa do setor. "A indústria ligou o sinal amarelo de novo. Muitos setores ainda estão se reorganizando financeiramente e imaginavam ver um cenário diferente neste ano, o que ainda não aconteceu", explica o economista. Para ele, há o receio de fazer investimentos a longo prazo sem que haja uma "garantia" de que o Poder Executivo fará sua parte para ajudar.
Em suas avaliações sobre o ano, a CNI não acena para um ano de fortes altas no setor industrial brasileiro. Em dezembro, a confederação havia acenado um crescimento de 2,7% no Produto Interno Bruto. Agora, este crescimento deve chegar a 2% - o Banco Central reviu sua previsão para 1,4%. Os motivos seriam a tramitação demorada da reforma da Previdência no Congresso e a "falta de medidas para reduzir defasagens estruturais que dificultam o cotidiano das empresas brasileiras e reduzem a capacidade de competir com os produtos estrangeiros", conforme apontado em um estudo, divulgado em abril. Marcelo também aponta a oscilação entre crescimento e perda, de um mês para outro, entre os setores industriais. "Não vemos uma manutenção sólida de resultados. Há setores que crescem e perdem em um mês para, no seguinte, inverterem os papeis. É difícil acharmos uma tendência quando os resultados são irregulares", aponta o economista da CNI.
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