Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Dia da Indústria

- Publicada em 07 de Junho de 2019 às 12:49

Poucos fornecedores e logística ainda freiam evolução

João Dienstmann
Mesmo com um cenário otimista para os próximos anos, a indústria moveleira ainda trava em alguns aspectos que não permitem seu crescimento de forma exponencial. Rogério Francio, presidente interino da Movergs, identifica gargalos como a concentração de matéria prima em poucos fornecedores, alta carga tributária e logística como pontos que ainda requerem paciência dos empresários para alavancarem o setor.
Mesmo com um cenário otimista para os próximos anos, a indústria moveleira ainda trava em alguns aspectos que não permitem seu crescimento de forma exponencial. Rogério Francio, presidente interino da Movergs, identifica gargalos como a concentração de matéria prima em poucos fornecedores, alta carga tributária e logística como pontos que ainda requerem paciência dos empresários para alavancarem o setor.
Em relação às madeireiras, ele relata que há um número diminuto de empresas especializadas em fazer as chapas, necessárias para a produção do mobiliário nas indústrias e, por esse motivo, formam uma espécie de cartel, segundo Francio, com preços tabelados e cobrados da maneira que desejam. “Não é fácil sairmos desse cenário, afinal, entendemos que há um custo alto para montar esse tipo de empresa e, além disso, é necessário estar perto de florestas para conseguir extrair a madeira”, explica.
Além disso, o escoamento da produção é deficitário. Reclamação recorrente dos empresários que dependem de exportações ou o simples transporte até outro estado, as estradas, principal caminho para levar os objetos, são alvo de críticas. Francio ainda salienta que o custo do frete se mostrou elevado nos últimos meses, elevando o preço final ao consumidor. Esse é, também, um dos motivos pelos quais ele acredita na redução do consumo interno.
A carga tributária também é uma preocupação, com a incidência de impostos em cascata e acréscimo de taxas sobre a exportação. Além disso, a indústria gaúcha de móveis conta com 35 mil empregados, segundo levantamento da Movergs, cálculo que também entra no custo final dos móveis produzidos.
Rogério Francio também faz um comparativo do setor com a construção civil. O surgimento de novos empreendimentos está diretamente ligado ao desempenho do setor, segundo o presidente interino. “Quantos mais prédios residenciais e comerciais são construídos, maior será a nossa demanda, afinal, o comprador precisará mobiliar os ambientes do imóvel comprado”, afirma. Por isso, há também a torcida pela recuperação do segmento da construção para que os números projetados possam ser alcançados.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO