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Dia da Indústria

- Publicada em 24 de Maio de 2019 às 03:00

Setor moveleiro espera aquecimento no 2º semestre e aposta em criações personalizadas

Região Sul concentra 85% de toda a produção moveleira

Região Sul concentra 85% de toda a produção moveleira


JOSÉ PAULO LACERDA/DIVULGAÇÃO/JC
João Dienstmann
O setor moveleiro é um dos mais importantes para a economia gaúcha. Prova disso é a participação do Estado no número de exportações em 2018. Do total de US$ 716 milhões em ganhos com vendas para outros países, conforme levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), US$ 200 milhões saíram das empresas gaúchas. Os três estados do Sul representam 85% de todo o volume de produtos comercializados. Isso pelo fato das principais empresas do segmento estarem instaladas na região e pela sua logística facilitada para a obtenção de matéria-prima e escoamento da produção.
O setor moveleiro é um dos mais importantes para a economia gaúcha. Prova disso é a participação do Estado no número de exportações em 2018. Do total de US$ 716 milhões em ganhos com vendas para outros países, conforme levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), US$ 200 milhões saíram das empresas gaúchas. Os três estados do Sul representam 85% de todo o volume de produtos comercializados. Isso pelo fato das principais empresas do segmento estarem instaladas na região e pela sua logística facilitada para a obtenção de matéria-prima e escoamento da produção.
O resultado de exportações é bastante comemorado por lideranças sindicais. Rogério Francio, presidente interino da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande Do Sul (Movergs), observa o momento de comércio exterior como fundamental para manutenção do crescimento das indústrias do ramo. Para ele, o fato da cotação do dólar estar favorável a quem compra é um ponto chave para explicar esse momento. "As exportações puxaram para cima o resultado, pois o mercado interno permanece igual, estagnado", afirma Francio.
Segundo o presidente interino, as fábricas entenderam as demandas dos países compradores e se adaptaram aos padrões de qualidade e demais exigências. Essa sinalização agradou países como Peru, Uruguai, Estados Unidos e Reino Unido, alguns dos principais clientes dos móveis brasileiros, que entenderam como um movimento para agradá-los e passaram a direcionar suas importações para produtos produzidos na serra gaúcha, em Santa Catarina e no Paraná. O volume negociado entre janeiro e dezembro do ano passado representou um aumento de 10,7% em relação ao mesmo período de 2017.
Mesmo com esse bom momento no negócio, Rogério Francio ainda se mostra insatisfeito com o consumo dos brasileiros. Para ele, o consumidor local ainda está reticente de fazer compras e avaliando a necessidade de substituir um móvel da casa por outro mais atual. "A crise econômica está passando. Aos poucos, estamos conseguindo retomar os resultados, mas não vemos isso em relação ao nosso cliente próximo", afirma. Uma das formas de driblar essa desconfiança é apostar em criações personalizadas, atender os anseios do cliente para fazê-lo satisfeito e incentivá-lo a comprar.
Francio ainda destaca que nos primeiros três meses do ano, o percentual de vendas subiu, em media, 6% ao mês. Por se tratar de um período tradicional de férias, o número é considerado bom pelo presidente interino da Movergs. Contudo, ele alerta para um crescimento gradual até o segundo semestre. "O que projetamos é uma evolução sutil nos números nesse primeiro semestre, apesar do início de ano bom. Veremos evoluções sutis e, a partir do segundo semestre, aguardamos um aumento considerável de vendas. No cenário que vislumbramos, os dois próximos anos devem ser de evolução significativa, dentro do esperado", aponta. Essa sinalização foi feita após uma feira de móveis, realizada em fevereiro, em Bento Gonçalves, com as principais empresas do setor.
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