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Dia da Indústria

- Publicada em 24 de Maio de 2019 às 03:00

Processos ineficientes afetam competitividade

Gargalos na área estão entre os grandes entraves para alavancar o desenvolvimento da indústria nacional

Gargalos na área estão entre os grandes entraves para alavancar o desenvolvimento da indústria nacional


/JOSÉ PAULO LACERDA/DIVULGAÇÃO/JC
A infraestrutura representa há muitos anos um dos grandes entraves para o desenvolvimento da indústria no Brasil. Os empreendedores precisam conviver com estradas degradadas e lotadas, energia cara e instável, ferrovias e hidrovias pouco eficientes. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os recursos aplicados em infraestrutura no País representam, em média, 2% do PIB por ano, mas deveriam alcançar 4,15% para resolver os problemas existentes.
A infraestrutura representa há muitos anos um dos grandes entraves para o desenvolvimento da indústria no Brasil. Os empreendedores precisam conviver com estradas degradadas e lotadas, energia cara e instável, ferrovias e hidrovias pouco eficientes. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os recursos aplicados em infraestrutura no País representam, em média, 2% do PIB por ano, mas deveriam alcançar 4,15% para resolver os problemas existentes.
"A gente tem diversos gargalos na infraestrutura do País que comprometem a sociedade em geral e especificamente o setor produtivo. A gente pensa que, em 20 anos, se começássemos a investir pelo menos 4% do PIB, teríamos capacidade de superar vários problemas que enfrentamos no setor", afirma Matheus de Castro, especialista em infraestrutura da CNI.
Os problemas estão por todos os lados e atingem saneamento, energia, transportes e telecomunicações. "A indústria e todo o País sofrem com o que a gente chama de Custo Brasil, que é esse custo mais elevado em função das ineficiências que o País apresenta. Quando a gente fala de produtos de maior valor agregado, que competem nos mercados globais e que tentam se integrar a cadeias globais de valor, qualquer custo adicional ou mesmo possibilidade de custo adicionais tem um impacto dramático na indústria e na nossa competitividade como país", avalia Castro.
No setor de transportes, a grande dependência do modal rodoviário é um dos principais entraves. Ainda que o transporte por caminhões se mostre eficiente em curtas distâncias, a falta de estrutura em ferrovias e portos faz com que ele seja usado mesmo em distâncias muito elevadas, tornando o custo do frete brasileiro muito alto. Além disso, segundo Castro, há uma escassez de investimentos nos portos. "Os portos públicos são o principal elo logístico das nossas exportações e são administrados, em sua maioria, pelas companhias docas, que são empresas estatais que há vários anos se mostram incapazes de realizar os investimentos que o País tanto precisa. Esse é o principal ponto do setor de logística e existe uma necessidade urgente da privatização dessas companhias, essa é uma de nossas bandeiras", diz o especialista da CNI.
No setor de energia também há muito o que avançar. A energia elétrica, principal insumo produtivo para a indústria, é uma das mais caras do mundo. A saída, de acordo com Castro, também passa pela iniciativa privada. "Existe uma prioridade muito grande de aprovar uma série de projetos de lei que vão aumentar o capital privado e a participação privada na geração e distribuição de energia", aponta.
O setor considerado mais precário é o de saneamento, com 50% da população sem coleta de esgoto. Para indústria, isso representa um alto custo com afastamento de funcionários e até doenças mais grave.
"O setor público, antes mesmo da crise, já se mostrava incapaz de superar os problemas que temos no setor de infraestrutura. A gente identifica a necessidade de expansão da participação privada na gestão, operação e investimentos. Essa é nossa principal bandeira. Independentemente do estágio que está cada um dos setores, o caminho que temos para superar os problemas é a expansão da participação privada, isso é crucial", ressalta o especialista da CNI.
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