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Dia da Indústria

- Publicada em 24 de Maio de 2019 às 03:00

Infraestrutura sofre com escassez de recursos para manutenção e ampliação de obras

Setor busca projetos que permitam crescimento e gerem mais negócios

Setor busca projetos que permitam crescimento e gerem mais negócios


/JOSÉ PAULO LACERDA/DIVULGAÇÃO/JC
Uma boa infraestrutura de transportes é fundamental para a saúde da indústria. Quando estradas, portos e ferrovias não têm a eficiência necessária para atender às demandas dos setores produtivos, os empresários sentem o impacto direto na sua competitividade.
Uma boa infraestrutura de transportes é fundamental para a saúde da indústria. Quando estradas, portos e ferrovias não têm a eficiência necessária para atender às demandas dos setores produtivos, os empresários sentem o impacto direto na sua competitividade.
Aqui no Rio Grande do Sul, boa parte dos transportes é feita por meio de estradas, e os recursos para manutenção e ampliação têm sido escassos. "Estamos procurando trabalhar na manutenção das rodovias. Temos um patrimônio bastante grande, em torno de 5 mil quilômetros, e os recursos do governo do estado do Rio Grande do Sul para obras de manutenção estão abaixo do necessário. Procuramos focar na distribuição dos recursos tecnicamente adequada para conseguir manter essas rodovias. Além disso, estamos tentando, para o próximo semestre e o próximo ano, uma melhora nesse sentido. Temos a expectativa de ter mais recursos para podermos melhorar a qualidade da malha existente", afirma Delmar Pellegrini Filho, superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Estado.
Uma das obras mais importantes para a logística gaúcha, a duplicação da BR-116 no trecho entre Guaíba e Pelotas ainda está andando a passos lentos. De acordo com o Dnit, dos nove lotes que compõem o trecho de 211,22 quilômetros, três terão condições de liberação até o primeiro semestre deste ano. Ainda dentro do segundo trimestre de 2019, o Dnit planeja entregar duas passarelas e cerca de 10 quilômetros duplicados no lote 4 (entre Sentinela do Sul e Camaquã). Depois disso, espera-se entregar seis quilômetros do lote 7 (entre Cristal e São Lourenço) e 19 quilômetros do lote 9 (entre Turuçu e Pelotas). Os lotes 1 e 2, que estão sendo executados pelo Exército Brasileiro desde o primeiro trimestre deste ano, estão orçados em R$ 207 milhões para serem concluídos em 40 meses.
Ainda segundo o Dnit, 64,1% dos serviços previstos na obra, que começou em 2012, foram executados, e o investimento feito foi de R$ 863 milhões. Para 2019, a duplicação deve contar com um orçamento de R$ 120 milhões, sendo R$ 55 milhões de emenda impositiva da bancada gaúcha e o restante de lei orçamentária. O empreendimento está orçado em R$ 1,6 bilhão.
A boa notícia fica por conta de outra importante e aguardada obra, a da nova ponte do Guaíba. Segundo o Dnit, 83,5% do empreendimento está concluído, e a entrega deve ocorrer ainda neste ano.
Nos portos, o volume de negócios tem crescido no País. Os portos públicos movimentaram 374 milhões de toneladas em 2018, um aumento de 2,6% em comparação a 2017. Os terminais privados registraram uma movimentação de 743 milhões de toneladas no ano passado, um crescimento de 2,8% em relação a 2017.
No Rio Grande do Sul, há ainda um potencial subutilizado, na visão do diretor presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Jesualdo Silva. "O Estado é o único que se comunica com seu porto por terra e por água, o que deveria ser uma enorme vantagem competitiva, mas que não é explorada. Temos as hidrovias que movimentam em média entre importação e exportação cerca de R$ 7 milhões de toneladas por ano e ainda podem ser duplicadas. Por isso, estamos em diálogo constante com o governo do Rio Grande do Sul para viabilizar projetos que permitam o crescimento do setor e induzam simultaneamente novos negócios para a agricultura e para a indústria", explica Silva.
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