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Dia da Indústria

- Publicada em 24 de Maio de 2019 às 03:00

Expectativa de estabilidade econômica pode reaquecer consumo interno

Entidades representativas do setor da proteína apostam em crescimento das vendas e exportações

Entidades representativas do setor da proteína apostam em crescimento das vendas e exportações


/JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Expectativas otimistas apontam 2019 como o ano da retomada dos negócios depois de um 2018 difícil, mas a adesão de tecnologias de ponta e análise de dados estão acelerando o desempenho do agronegócio brasileiro. Diante deste cenário, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prevê que ocorra uma recuperação expressiva no valor bruto da produção pecuária brasileira "da porteira pra dentro". Só o setor de bovinos deve movimentar R$ 79 bilhões ao longo deste ano. 
Expectativas otimistas apontam 2019 como o ano da retomada dos negócios depois de um 2018 difícil, mas a adesão de tecnologias de ponta e análise de dados estão acelerando o desempenho do agronegócio brasileiro. Diante deste cenário, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prevê que ocorra uma recuperação expressiva no valor bruto da produção pecuária brasileira "da porteira pra dentro". Só o setor de bovinos deve movimentar R$ 79 bilhões ao longo deste ano. 
No Rio Grande do Sul as exportações já aumentaram no final de 2018. O Estado embarcou 63,7 mil toneladas de carne bovina para o exterior, 22% a mais do que em 2017. No comércio de gado vivo, o crescimento foi de 135,1% sobre o ano anterior, atingindo 34,8 mil toneladas. Com a peste suína causando um grave desabastecimento na China este ano, o Estado deve dobrar o volume de carne exportado ao país asiático em 2018 foram embarcadas 38 mil toneladas.
Nos frigoríficos, entretanto, a preocupação é diferente, houve uma redução de 5% nos abates dos associados do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs). Segundo o presidente, Ronei Lauxen, a oferta de gado está abaixo da necessidade da área de abate e um dos motivos é o crescimento das exportações de animais vivos, que está prejudicando a cadeia. "Reconhecemos a legitimidade das exportações de animais vivos, mas, por outro lado, esta é uma ameaça que gera preocupação para a indústria gaúcha", disse. Conforme Lauxen, a oferta em baixa elevou os preços e impôs grandes dificuldades para os frigoríficos, que não conseguem repassar a variação para o consumidor e acabam concorrendo com as proteínas mais baratas. 
Já a avicultura gaúcha aposta em um crescimento gradativo de 2% do setor em 2019, conforme projeção da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), cotando com a retomada da estabilidade da economia no Brasil e reaquecimento do consumo interno.  Conforme o presidente da entidade, Nestor Freiberger, são 20 frigoríficos produtores de aves no Estado. "O setor tem pleno potencial para atender as demandas do mercado interno e externo. No entanto, temos um dificultador regional que é o déficit na produção de milho, que historicamente nos leva a importar de outros estados em torno de 1,5 a 2 milhões de toneladas por ano. Isso aumenta nosso custo e trava os investimentos", disse, ressaltando que entidades do setor e governamentais já estão buscando alternativas. 
Com relação às exportações, o presidente revela que em 2018 a produção avícola praticamente estagnou, com abate de 794 milhões aves. O resultado foi reflexo da greve dos caminhoneiros, que afetou o planejamento das indústrias, associado ao embargo da União Europeia a 20 frigoríficos brasileiros. "Caímos 25% nos volumes exportados em 2018 comparado com 2017 e tivemos queda no faturamento de 28%. As perspectivas para 2019 são de retomada gradativa nas exportações, visto que a China vem demandando muitos produtos avícolas e o nosso país é muito competitivo em matéria de produção de aves e disponibilidade de grãos, essenciais para ração das aves".
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