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Dia da Indústria

- Publicada em 24 de Maio de 2019 às 03:00

Reformas são fundamentais para desonerar o setor privado, defende Gedeão Pereira

Tratativas envolvem especialmente os arrozeiros, explica Gedeão

Tratativas envolvem especialmente os arrozeiros, explica Gedeão


/LUIZA PRADO/JC
Presidente do sistema Farsul, Gedeão Pereira, defende reformas estruturais no País para o crescimento dos negócios do campo e da agroindústria. Segundo ele, é preciso trabalhar "além da porteira" para avançar na produção de industrializados e equacionar custos, e debater as distorções do Mercosul, que prejudicam a competitividade dos produtores.
Presidente do sistema Farsul, Gedeão Pereira, defende reformas estruturais no País para o crescimento dos negócios do campo e da agroindústria. Segundo ele, é preciso trabalhar "além da porteira" para avançar na produção de industrializados e equacionar custos, e debater as distorções do Mercosul, que prejudicam a competitividade dos produtores.
Jornal do Comércio - Qual o panorama do agronegócio no Estado?
Gedeão Pereira - O agronegócio é responsável por cerca de 40% do PIB do Rio Grande do Sul. Não existe um bom agronegócio sem a agroindústria. A atividade econômica do agronegócio no Rio Grande do Sul consolida-se em três frentes de trabalho, que incluem a produção de máquinas e implementos agrícolas, e isto corresponde a 60% da sua produção em solo gaúcho, indústria de produtos químicos e de fertilizantes.
JC - E como estão as exportações dos nossos produtos?
Pereira - Hoje, o Brasil é um dos principais exportadores dos produtos agro, especialmente para China, nosso principal comprador. Mas o cenário exige atenção por diversos aspectos, um deles é a consolidação da China como mercado para os produtos agropecuários brasileiros e, outro, a liberação do mercado brasileiro para incentivar as exportações. Nesse sentido, a Farsul tem levado à esfera federal o pedido para o aprofundamento do Mercosul para viabilizar a entrada de insumos com os mesmos preços praticados em estados vizinhos, já que o produtor brasileiro chega a pagar até quatro vezes mais pelos mesmos produtos. No mercado interno, vale destacar também, temos uma indústria poderosa de laticínios e de carnes (bovino, suíno e aves) que abastecem o mercado. Um setor que apresenta boa qualidade do produto e também é considerado referência nas suas embalagens.
JC - Após um ano de instabilidade política e econômica, como a Farsul avalia as políticas públicas para o setor?
Pereira - Acreditamos que o setor do agronegócio fomenta o desenvolvimento do País. Para 2019, a projeção da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) é de crescimento de 2% no PIB do agronegócio e uma alta de 4,3% no Valor Bruto da Produção (VBP), que mede o faturamento da atividade agropecuária dentro da porteira. No entanto, é preciso trabalhar além da porteira, avançar na produção dos industrializados e equacionar esses custos. Só conseguiremos desonerar o setor privado quando houver as reformas da Previdência e tributária. Outro debate que precisamos avançar diz respeito ao bloco econômico do Mercosul, como falei anteriormente, ainda existe muitas distorções tributárias que prejudicam a competitividade do produtor brasileiro, sobretudo o gaúcho.
JC - E quanto à infraestrutura e logística para o escoamento da produção. Há avanços no aproveitamento de outros modais de transporte, além do rodoviário?
Pereira - No Estado temos um grupo de trabalho que tem discutido essas questões, sobretudo nossa hidrovia, lutando pelo serviço de dragagem, sinalização e aprofundamento de calado. O porto do Rio Grande tem um valor inestimável para nós. Uma das nossas lutas era para que a dragagem fosse feita e isto vem acorrendo. O governo gaúcho tem mostrado sensibilidade com as demandas do setor, que influenciam a todos nós, como a conclusão da duplicação da BR-116, rodovia importantíssima de acesso à Zona Sul e ao porto do Rio Grande.
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