Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Educação

- Publicada em 17 de Maio de 2022 às 13:07

Casos de Covid entre alunos, professores e funcionários deixam em alerta meio escolar

Colégios da Capital e do Interior suspenderam aulas após notificações de contaminados

Colégios da Capital e do Interior suspenderam aulas após notificações de contaminados


FREDERICK FLORIN/AFP/JC
Luciane Medeiros
Nos últimos dias, escolas de diferentes pontos do Rio Grande do Sul voltaram a registrar surtos de Covid, acarretando na suspensão de aulas das turmas afetadas ou de todo o estabelecimento. É o caso da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Monte Cristo, localizada no bairro Vila Nova, em Porto Alegre, que, na noite de domingo (15), comunicou, por meio de suas redes sociais, a interrupção das aulas nesta segunda (16) e terça-feira (17).
Nos últimos dias, escolas de diferentes pontos do Rio Grande do Sul voltaram a registrar surtos de Covid, acarretando na suspensão de aulas das turmas afetadas ou de todo o estabelecimento. É o caso da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Monte Cristo, localizada no bairro Vila Nova, em Porto Alegre, que, na noite de domingo (15), comunicou, por meio de suas redes sociais, a interrupção das aulas nesta segunda (16) e terça-feira (17).
Segundo a direção da escola, a decisão foi autorizada pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) a partir do grande número de professores afastados por problemas de saúde, incluindo os casos de Covid-19. “Infelizmente, tivemos que tomar essa medida, pensando no cuidado e saúde de todos. Realizaremos nova sanitização nestes dias e reforçamos a necessidade do uso de máscaras no ambiente escolar”, diz o texto da Emef Monte Cristo.
Já a Emef Marcílio Goulart Loureiro, no bairro Coronel Aparício Borges, na Capital, tem atualmente uma professora afastada após testar positivo para Covid-19. Segundo a vice-diretora da escola, Paula Adriana dos Santos, os pais foram comunicados sobre o caso e os alunos da professora afastada só não tiveram atividades desde a sexta passada (13) porque não há outro professor para substituir. “Até o momento, nenhum pai ou mãe reportou que seu filho tenha adoecido”, diz Paula.
No Sul do Estado, o Instituto Estadual de Educação Assis Brasil, de Pelotas, retomou nesta segunda-feira as aulas, suspensas na quarta passada (11) após 13 professores, duas merendeiras e uma monitora testarem positivo para Covid. As atividades voltaram, mas não para todas as turmas, já que alguns professores seguem afastados.
Tanto Cpers Sindicato, que representa os professores da rede estadual, quanto o Sinpro (Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS), confirmam o aumento de relatos de pessoas doentes no ambiente escolar.
“A cada dia tem crescido mais a contaminação por Covid nas escolas, com diversos locais suspendendo as suas aulas. Ainda há tempo de o governo reavaliar a sua política e novamente implantar o uso obrigatório da máscara. Isso é saúde pública, isso é proteção aos professores, funcionários e alunos e toda a comunidade gaúcha”, cobra a presidente do Cpers Sindicato, Helenir Aguiar Schürer.
Cecília Farias, diretora do Sinpro, diz que as informações sobre contaminação aumentaram desde a semana passada, mas a entidade não tem dados sobre o número de profissionais afastados.

Casos refletem aumento de contaminações registrados na sociedade em geral, diz SES

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou, por meio de nota, que os casos registrados em escolas acompanham o aumento observado, de forma geral, na sociedade. A orientação da Pasta é que, em caso de sintomas, deve ser realizado isolamento e utilização de máscara. De acordo com a SES, os indicadores monitorados diariamente pelo governo do Estado atestam que o aumento de casos não traz reflexo na ocupação de leitos hospitalares, mas o cenário reforça a necessidade do esquema completo de vacinação contra a Covid-19.
Em relação aos casos de Covid-19 registrados nas escolas estaduais, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informa que os estabelecimentos de ensino devem seguir a nota informativa n° 38 do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS)/SES, atualizada em 3 de março de 2022. A nota traz as orientações para as diferentes etapas de ensino e sinaliza a necessidade e o período de afastamento para cada público, que varia de 7 a 10 dias a partir do início dos sintomas.
A Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre (SMS) ressalta a importância de as escolas adotarem medidas de prevenção, como o uso de álcool em gel e a vacinação com esquema completo. A SMS explica que é considerado surto quando pelo menos dois alunos da mesma turma são diagnosticados com Covid-19 em um período inferior a 14 dias. Segundo o protocolo, as aulas são canceladas apenas para a turma onde foi registrado o surto.
O número de surtos ativos é informado no boletim epidemiológico semanal, publicado às quintas-feiras. A Secretaria Municipal da Saúde reforça a adoção de medidas de prevenção pelas escolas, como o uso de álcool em gel e a vacinação com esquema completo.

Associação de Mães e Pais pede a retomada da obrigatoriedade da máscara

Com as notícias sobre casos de Covd-19 no ambiente escolar se espalhando entre grupos de pais, a obrigatoriedade do uso de máscaras nas escolas volta a ser defendida. Para a Associação de Mães e Pais pela Democracia (AMPD), a retirada da obrigatoriedade das máscaras em ambientes fechados, que se estende às salas de aula, foi precipitada e deve ser revertida.
Aline Kerber, presidente licenciada da AMPD, conta que vem recebendo informações sobre casos positivos de Covid-19 em diversas escolas de Porto Alegre, Região Metropolitana e também Metade Sul do Estado. As contaminações informadas à associação envolvem professores, funcionários, alunos do Ensino Médio e crianças menores de cinco anos – este último, ainda sem autorização da Anvisa para receber as doses da vacina.
“Tiraram de forma muito precoce a máscara, sobretudo em sala de aula, que são lugares fechados”, afirma. Aline diz que as escolas estão se manifestando sobre o uso da máscara, mas que cabe aos governos trazer com clareza para a população o que está acontecendo no ambiente escolar, por meio de notas informativas e de um posicionamento público.
Ela propõe também que o distanciamento de 1,5m entre os alunos volte a ser respeitado para que os estudantes possam seguir indo à escola diante dos surtos e também das baixas temperaturas, que acabam favorecendo o surgimento de doenças respiratórias. 

Escolas da rede pública e privada mantêm os cuidados

Apesar da flexibilização das regras de prevenção ao coronavírus, os cuidados seguem em várias escolas. Na Emef Marcílio Goulart Loureiro, a orientação dada aos alunos, segundo a vice-diretora Paula Adriana dos Santos, é não ir à aula em caso de sintomas de Covid.
No Colégio Rainha do Brasil, localizado no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre, com o aumento de casos de Covid entre alunos, familiares e professores, a recomendação é para que seja mantido o uso da máscara nos espaços da escola.
O Colégio Marista Rosário segue com as atividades diárias, recebendo os estudantes presencialmente. Cada vez que um educador ou estudante possui o quadro confirmado para Covid, são adotadas as medidas orientadas pela Secretaria Estadual da Saúde e o caso é notificado à SMS de Porto Alegre. “Seguimos tomando todos os cuidados determinados pelo poder público e pelo Serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da Pucrs, que orienta nossa instituição desde o início da pandemia”, diz nota da instituição de ensino.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO