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Saúde

- Publicada em 05 de Maio de 2022 às 13:13

Mortes causadas pela pandemia no mundo chegaram a 14,9 milhões, diz OMS

Especialistas apontam subnotificação diante das dificuldades de testagem

Especialistas apontam subnotificação diante das dificuldades de testagem


JOSEP LAGO/AFP/JC
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou nesta quinta-feira (5) estudo que mostra que o excesso de mortes provocadas direta ou indiretamente pela pandemia de Covid-19 no mundo foi de 14,9 milhões entre 1º de janeiro de 2020 e 31 de dezembro do ano passado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou nesta quinta-feira (5) estudo que mostra que o excesso de mortes provocadas direta ou indiretamente pela pandemia de Covid-19 no mundo foi de 14,9 milhões entre 1º de janeiro de 2020 e 31 de dezembro do ano passado.
Especialistas, porém, apontam subnotificação diante das dificuldades de testagem e diferenças de critérios entre os países na classificação dos casos. Outras causas do excesso de óbitos são os problemas de acesso a tratamentos nos picos de transmissão do coronavírus, quando houve sobrecarga de hospitais e profissionais de saúde.
Os cálculos da entidade mostram que o intervalo de vítimas ficou entre 13,3 milhões e 16,6 milhões. Para chegar a esses números, a OMS levou em conta a diferença entre a quantidade de mortes que ocorreram no período e o número que seria esperado com base em dados de anos anteriores caso não houvesse pandemia.
"Inclui mortes associadas à Covid-19 direta (por causa da doença) ou indiretamente (por causa do impacto da pandemia nos sistemas de saúde e na sociedade). As mortes ligadas indiretamente à Covid-19 são atribuíveis a outras condições de saúde para as quais as pessoas não tiveram acesso à prevenção e tratamento porque os sistemas de saúde foram sobrecarregados pela pandemia", explica a OMS.
Isso se aplica, por exemplo, a pacientes de câncer ou de AVC que ficaram sem um acompanhamento adequado ou atendimento rápido. A organização global também destacou a redução de mortes por acidente de carro ou de trabalho no período que muitos estiveram em isolamento social.
Os dados sobre o Brasil estimam que o excesso ficou entre 668.621 e 694.325 óbitos no contexto da pandemia - com média de 668.621. Até o dia 31 de dezembro do ano passado, o consórcio de veículos de imprensa registrava 619.109 mortes pela doença desde o início da pandemia, o que pode demonstrar subnotificação de vítimas e o impacto da pressão sobre o sistema de saúde em relação ao tratamento de outras doenças.
Conforme Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, os números globais são preocupantes e mostram o impacto do novo coronavírus. "Esses dados apontam para a necessidade de todos os países investirem em sistemas de saúde mais resilientes que possam sustentar serviços essenciais de saúde durante crises, incluindo sistemas de informação de saúde mais fortes", disse.
Outro dado que a organização traz é que, durante os 24 meses do estudo, as mortes ocorreram mais entre pessoas do gênero masculino (57%) e foi maior na população idosa - grupo de maior risco para a Covid. Outra informação é que os óbitos se concentraram no Sudeste Asiático, Europa e Américas (84%), com cerca de 68% das mortes ocorridas em apenas dez países. Pelos números oficiais, o Brasil foi o segundo a registrar mais perdas, com 663,8 mil vítimas.
Agência Estado
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