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- Publicada em 09 de Março de 2022 às 19:38

RS registra o segundo menor excesso proporcional de óbitos na pandemia entre 2020 e 2021

Levantamento diferenciou as mortes naturais das esperadas durante o primeiro ano da crise sanitária

Levantamento diferenciou as mortes naturais das esperadas durante o primeiro ano da crise sanitária


Miguel MEDINA/AFP/JC
O Rio Grande do Sul teve o segundo menor excesso proporcional de óbitos durante a pandemia do País, ficando atrás apenas do Piauí. A informação, divulgada pelo governo do Estado nesta quarta-feira (9), foi apresentada pelo Gabinete de Crise um dia antes, em levantamento elaborado a partir de dados obtidos em parceria com a Vital Strategies e a Impulso.
O Rio Grande do Sul teve o segundo menor excesso proporcional de óbitos durante a pandemia do País, ficando atrás apenas do Piauí. A informação, divulgada pelo governo do Estado nesta quarta-feira (9), foi apresentada pelo Gabinete de Crise um dia antes, em levantamento elaborado a partir de dados obtidos em parceria com a Vital Strategies e a Impulso.
O excesso de óbitos busca identificar o diferencial do número de óbitos por causas naturais durante a pandemia em comparação com os óbitos esperados para o mesmo período. “Para cada Estado, analisando a quantidade de óbitos que ocorriam antes da pandemia por causas naturais, se traçou o esperado de óbitos para o período. No caso do Rio Grande do Sul, o número de óbitos que ocorreu foi 24,2% acima do esperado. No Brasil, foi 34,5%, e no Amazonas, que foi o estado com a maior excesso, por exemplo, os óbitos ficaram 66,5% acima do esperado”, explica Pedro Zuanazzi, diretor do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).
O excesso proporcional de óbitos leva em consideração as diferenças populacionais de gênero e pirâmide etária, além de suplantar o problema da subnotificação. Zuanazzi destaca que o acompanhamento desse dado é importante porque corrige uma série de distorções que podem ocorrer entre os estados ao se analisar apenas a taxa de mortalidade por Covid-19.
O Rio Grande do Sul apresenta atualmente a 12ª maior taxa de mortalidade pela doença entre os estados. No entanto, tem o segundo menor excesso proporcional de óbitos do Brasil. E, segundo a pesquisa, ao longo de 2020 o RS apresentou o menor excesso proporcional de óbitos do País (10%).
Com o agravamento da pandemia no início de 2021, elevaram-se substancialmente os óbitos. Mesmo assim, o Estado fechou 2021 com o 10º menor excesso proporcional de óbitos (36,4%). Nos últimos dois anos, teve ainda o menor excesso da Região Sul e, no acumulado da pandemia, a segunda menor taxa do Brasil.
Metodologia
A metodologia para se contabilizar o excesso de óbitos consiste em subtrair de um total de óbitos observado uma quantidade de mortes estimada para, assim, obter uma quantidade além do esperado para um período específico.
A quantidade que supera o que seria esperado é denominada de excesso de óbitos. Para tanto, se consideram todos os óbitos por causas naturais.
Ao se relacionar a quantidade de óbitos em excesso com o total de esperados se obtém o excesso proporcional, uma medida do percentual de óbitos que superou o que já seria esperado para cada localidade, levando em consideração gênero e pirâmide etária.
Para produzir essa estimativa, a Vital Strategies projeta, a partir dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Datasus de 2015 a 2019, o total de óbitos esperados para 2020 e 2021 para cada faixa etária. Esses óbitos têm como fonte os dados do Portal da Transparência do Registro Civil.
De posse desse número, se calcula o excesso de óbitos por semana epidemiológica, levando-se em consideração gênero, idade e localidade de óbito.
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