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Coronavirus

- Publicada em 10 de Outubro de 2021 às 11:00

Mortalidade é alta em pacientes de Covid-19 que desenvolveram problemas cardíacos

Estudo compõe conjunto mundial de informações sobre intercorrências cardíacas em pacientes com Covid-19

Estudo compõe conjunto mundial de informações sobre intercorrências cardíacas em pacientes com Covid-19


JAVIER SORIANO/AFP/JC
A alta taxa de mortalidade hospitalar (42%) em pacientes com Covid-19 que desenvolveram problemas cardíacos em decorrência dessa doença, foi comprovada por uma pesquisa do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O estudo revelou também que 71% desses pacientes necessitaram de terapia intensiva durante a internação e 54,2% apresentaram lesões no músculo cardíaco.
A alta taxa de mortalidade hospitalar (42%) em pacientes com Covid-19 que desenvolveram problemas cardíacos em decorrência dessa doença, foi comprovada por uma pesquisa do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O estudo revelou também que 71% desses pacientes necessitaram de terapia intensiva durante a internação e 54,2% apresentaram lesões no músculo cardíaco.
A pesquisa identificou ainda, como fatores de agravamento do quadro clínico e morte, a insuficiência cardíaca prévia, presente em 12,6% dos participantes da pesquisa, alterações no ecocardiograma (6%), síndromes coronárias agudas (5,7%) e arritmias (4,5%). Conduzida pelo presidente do Conselho Diretor do Incor, Roberto Kalil Filho, e pela pesquisadora Patrícia Guimarães, e intitulada CoronaHeart, a pesquisa foi feita com base na avaliação de 2.546 pessoas com idade média de 64 anos, internadas em 21 unidades hospitalares, de junho a outubro de 2020.
"Primeiro na América do Sul, esse estudo passa agora a compor o conjunto mundial de informações sobre intercorrências cardíacas em pacientes com Covid-19, ao lado de pesquisas da Itália, dos Estados Unidos e da Inglaterra”, destacou o médico Roberto Kalil. Segundo ele, cada população tem sua especificidade. “É importante que tenhamos esse estudo como um recorte brasileiro", defendeu.
Uma das particularidades observadas no Brasil foi o risco aumentado de óbito em pacientes com algum tipo de câncer, devido à fragilidade do sistema imune. Esse dado é similar aos resultados de pesquisas na China, porém, não foi registrado em estudos do continente europeu.
O estudo mostrou também que, diferentemente dos registros internacionais, no Brasil foi notada uma equalização entre o número de mortes de homens e de mulheres. Nos demais países, verificou-se a prevalência do sexo masculino no registro de óbitos.
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