Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Coronavirus

- Publicada em 09 de Julho de 2021 às 12:37

Com vacinação mais veloz, Estados não têm alta nas mortes por Covid pela 1ª vez

Resultado considera o intervalo entre os dias 20 de junho e 3 de julho

Resultado considera o intervalo entre os dias 20 de junho e 3 de julho


SILVIO AVILA/HCPA/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
Pela primeira vez neste ano, nenhum Estado brasileiro registrou aumento nas taxas de incidência ou mortalidade relacionadas à Covid-19. O resultado, divulgado no Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, considera o intervalo entre os dias 20 de junho e 3 de julho. O levantamento ainda aponta a queda na ocupação de leitos de UTIs do SUS pela quarta semana consecutiva. Apesar dos indicadores positivos, as taxas de transmissão continuam elevadas.
Pela primeira vez neste ano, nenhum Estado brasileiro registrou aumento nas taxas de incidência ou mortalidade relacionadas à Covid-19. O resultado, divulgado no Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, considera o intervalo entre os dias 20 de junho e 3 de julho. O levantamento ainda aponta a queda na ocupação de leitos de UTIs do SUS pela quarta semana consecutiva. Apesar dos indicadores positivos, as taxas de transmissão continuam elevadas.
"Ainda não se pode afirmar que essa tendência é sustentada, isto é, que vai ser mantida ao longo das próximas semanas, ou se estamos vivendo um período de flutuações em torno de um patamar alto de transmissão, que se estabeleceu a partir de março em todo o País", alertam os pesquisadores.
Segundo o boletim, a redução da mortalidade pode ser consequência do avanço da campanha de vacinação, que abarcou os grupos mais vulneráveis, como os idosos, em um primeiro momento. O ritmo da campanha nacional de vacinação e a demora federal para comprar doses foram motivos de crítica contra a gestão Jair Bolsonaro, investigada na CPI.
Nas últimas semanas, a vacinação nacional teve o reforço de novos imunizantes - como o da Pfizer e da Janssen -, mas o País ainda convive com episódios de desabastecimento em postos de saúde, como ocorreu na cidade de São Paulo em junho.
O texto, porém, ressalta que mesmo com a diminuição de casos, muitos Estados ainda registram alta incidência de ocorrências críticas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - em particular nas regiões Centro-Oeste, Sul e parte do Sudeste. Com a pandemia, a maioria dos casos de SRAG são depois diagnosticados como infecções pelo novo coronavírus.
Maior parte das regiões tem queda de ocupação das UTIs
Após o colapso do sistema de saúde no primeiro semestre, com problemas de falta de oxigênio, leitos e remédios para intubação, é possível ver melhora da pandemia nos hospitais. A maior parte dos Estados apresentou queda na taxa de ocupação de leitos. Os destaques são Tocantins (de 90% para 71%), agora na zona de alerta intermediário, e Sergipe (de 88% para 56%), fora da classificação de alerta, conforme os parâmetros da Fiocruz. Roraima (97%), foi o único Estado a registrar taxa superior a 90%, considerada crítica.
A maioria das capitais está na zona de alerta intermediário ou fora da zona de alerta. Apenas seis estão enquadradas na categoria de alerta crítico: Boa Vista (97% de taxa de ocupação), São Luís (83%), Rio (83%), Curitiba (85%), Goiânia (85%) e Brasília (82%).
Cai média de idade dos pacientes
O levantamento estabelece um novo perfil etário entre os contaminados. Na primeira semana de janeiro, os idosos eram maioria entre os casos de internação, 63,4%, e mortes, 81,3%. Agora, com o grupo mais velho vacinado, eles são 28,3% das internações e 52,3% das mortes.
A redução da doença entre os mais velhos e aumento entre os mais jovens é refletida pelos dados de ocupação proporcional de leitos por faixa etária. Nos últimos seis meses, houve redução de 63,73% entre os pacientes com mais de 90 anos e aumento de 198,13% entre os de 20 a 29 anos.
Para os pesquisadores, essa tendência traz novos desafios no enfrentamento à pandemia. Entre eles, garantir a cobertura vacinal no maior estrato populacional do Brasil, de 30 a 59 anos, e identificar novas situações específicas de vulnerabilidade.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO