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Coronavirus

- Publicada em 22 de Junho de 2021 às 19:10

Boletim Genômico intensifica vigilância nas fronteiras do RS e reitera predominância da P1

Análises confirmaram presença da P1 em todo o Estado e não identificaram cepa indiana no RS

Análises confirmaram presença da P1 em todo o Estado e não identificaram cepa indiana no RS


LOIC VENANCE/AFP/JC
Fernanda Crancio
O mais recente Boletim Genômico publicado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) ampliou as análises de amostras oriundas de todas as regiões do Rio Grande do Sul, intensificando a vigilância nas cidades fronteiriças, com o objetivo de monitorar gaúchos que tenham estado na Argentina, que já identificou casos da variante indiana do coronavírus, e no Uruguai, que tem apresentado aumento de casos e óbitos por Covid-19. O estudos, a exemplo das edições anteriores, confirma ainda a predominância da circulação da variante P1 em todo o Estado.
O mais recente Boletim Genômico publicado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) ampliou as análises de amostras oriundas de todas as regiões do Rio Grande do Sul, intensificando a vigilância nas cidades fronteiriças, com o objetivo de monitorar gaúchos que tenham estado na Argentina, que já identificou casos da variante indiana do coronavírus, e no Uruguai, que tem apresentado aumento de casos e óbitos por Covid-19. O estudos, a exemplo das edições anteriores, confirma ainda a predominância da circulação da variante P1 em todo o Estado.
Pela segunda vez, o método aplicado na pesquisa considerou os testes RT-PCR, como forma de detectar com mais agilidade a presença de mutações entre as principais variantes de preocupação (VOCs) em circulação no RS, bem como as cepas do coronavírus. Até essas duas etapas, o método que vinha sendo aplicado nos estudos era o sequenciamento genético.
As VOCs são as aquelas que apresentam mudanças no comportamento do vírus e requerem maior atenção pela potência da transmissibilidade, eficácia reduzida nos tratamentos e nas vacinas ou por apresentarem falhas de detecção do diagnóstico. Além da P1, estão nesse grupo as variantes do Reino Unido (B117), da África do Sul (B1351) e a Indiana (B1617).
De acordo com a bióloga Tatiana Gregianini, uma das coordenadoras da pesquisa e responsável pelo diagnóstico de vírus respiratórios do Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) do Cevcs, foram examinadas amostras de testes de diversos grupos etários, pacientes internados ou não, de 23 de fevereiro a 3 de junho.
Além disso, foi considerada uma maior cobertura de cidades analisadas e municípios que apresentaram taxas altas de ocupação de leitos. "Temos aumentado o número de amostras analisadas por semana e a vigilância nas regiões de fronteiras. Com mais análises podemos monitorar melhor o maior número de municípios e os mais críticos", comenta.
O reforço nas cidades de fronteira se justifica pelo fato de o RS ser o Estado com maior número de municípios na faixa de fronteira com outros países, um total de 13 agrupamentos de dois ou mais municípios com forte integração populacional, devido à circulação de pessoas que trabalham, estudam ou compartilham de uma mesma área urbana.
Desde o Boletim divulgado no mês passado, que reiterou a presença majoritária da variante P1 do coronavírus no RS, os estudos buscavam também identificar a circulação da cepa B1617, a temida variante indiana no Estado, o que, felizmente, ainda não ocorreu.
No Brasil, o primeiro caso dessa cepa foi registrado no Maranhão, em maio, e desde o início de junho a prefeitura da Capital intensifica ações preventivas na rodoviária de Porto Alegre e medidas sanitárias no Aeroporto Internacional Salgado Filho, para evitar o aumento de casos de Covid-19 e impedir a chegada da variante junto com os viajantes que aqui chegam vindos de outras localidades.
Variante mutante dominante na Índia, a cepa foi detectada naquele país em outubro de 2020, e classificada como VOCs pelas evidências de que tem maiores taxas de transmissão e de agravamento da Covid-19.

Principais variantes do novo coronavírus

P1 - Popularmente conhecida como "variante de Manaus”
Inicialmente detectada em novembro de 2020, em Manaus (AM). Estudo recente indica que essa linhagem provavelmente possua maior transmissibilidade e capacidade de infecção. Atualmente há registro dessa variante em pelo menos 112 cidades gaúchas. O primeiro caso detectado em Gramado, em janeiro de 2021.
B117 – Popularmente conhecida como "variante do Reino Unido”
Detectada pela primeira vez em setembro de 2020 no Reino Unido, tem uma maior transmissibilidade, uma possível maior severidade da doença e pode escapar dos anticorpos produzidos por algumas vacinas. No Rio Grande do Sul houve a primeira identificação no final de fevereiro de 2021, em um morador de Pelotas, mas não houve novo registro.
B1351 – Popularmente conhecida "variante da África do Sul”
Detectada pela primeira vez em outubro de 2020 na África do Sul, tem uma maior transmissibilidade, e alguns estudos já demonstraram uma possível diminuição da eficácia de diferentes vacinas contra essa variante. Não há registro de identificação no Brasil.
B1617- Popularmente conhecida como "variante da Índia"
Variante mutante dominante na Índia, foi detectada naquele país em outubro de 2020, e classificada como variante de preocupação. Existem evidências de que tem maiores taxas de transmissão e de agravamento da Covid-19. Em maio surgiram os primeiros casos da variante no Brasil, primeiro no Maranhão, e já houve identificação no Uruguai.
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