Por meio de nota, a Associação dos Trabalhadores/as em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa) considerou a liberação das vacinas como um "avanço parcial". "Certamente é uma pequena vitória contra o negacionismo e em defesa das vidas nas comunidades escolares", destacou a entidade, que também ressaltou preocupação com as condições gerais da pandemia em Porto Alegre.
Contrária à retomada do ensino presencial, a Atempa defende que o retorno às aulas ocorra apenas em condições de baixa proliferação dos vírus, e mediante rigorosos protocolos sanitários nas escolas. Por conta disso, a entidade mantém o movimento "greve pela vida", e destaca que quatro escolas municipais já foram fechadas por contágio de membros da equipe diretiva.
"Exigimos vacina para toda comunidade escolar. Precisamos de visitas técnicas de profissionais da saúde nas instituições e muita atenção nas condições de ventilação nas nossas salas de aula", reforça a nota.
Já o Cpers-Sindicato considerou, embora tardia, a antecipação da imunização dos trabalhadores da educação como uma vitória da mobilização da categoria. "Desde o início do ano, o Cpers defende prioridade aos educadores(as), considerando as condições precárias das escolas públicas e o descaso do Estado com a segurança sanitária da comunidade. O Sindicato continua na luta pela suspensão das aulas presenciais neste momento dramático da pandemia, testagem, mais recursos, EPIs decentes e manutenção das aulas remotas", comenta a entidade em comunicado.
No RS, a previsão é de começar o processo de imunização nas primeiras semanas de junho, de acordo com a chegada de novas doses encaminhadas pelo governo federal. Segundo o Executivo gaúcho, há cerca de 217 mil pessoas aptas à vacinação na área da educação, das quais aproximadamente 20 mil já foram imunizadas por iniciativa de seus municípios.
Serão priorizados os profissionais de creches e pré-escolas, de forma concomitante com os outros grupos prioritários, como os poradores de comorbidades, gestantes e puérperas, deficientes, pessoas em situação de rua e população privada de liberdade.