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Coronavirus

- Publicada em 28 de Maio de 2021 às 20:26

Vacinação contra a Covid-19 passa por rede privada enquanto postos aplicam imunizante para a gripe em Porto Alegre

Média de permanência das filas está em aproximadamente uma hora em algumas unidades

Média de permanência das filas está em aproximadamente uma hora em algumas unidades


Marco Ribeiro - Divulgação/JC
Adriana Lampert
Quem se dirigiu aos postos de Saúde da Capital destinados à vacinação da Covid-19 em busca de segunda dose nesta sexta-feira (28) pode ter perdido a viagem. É que, com exceção de três, estas unidades não estão aplicando o imunizante para quem já recebeu a primeira dose. O trabalho foi direcionado para cerca de 20 conveniadas da rede de farmácias privada que tem parceria com a prefeitura. Segundo o secretário de Saúde, Mauro Sparta, o sistema público está concentrado em aplicar o imunizante contra a gripe (cepas Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B linhagem B/Victoria). O processo descentralizado deve permanecer assim nos próximos dias.  
Quem se dirigiu aos postos de Saúde da Capital destinados à vacinação da Covid-19 em busca de segunda dose nesta sexta-feira (28) pode ter perdido a viagem. É que, com exceção de três, estas unidades não estão aplicando o imunizante para quem já recebeu a primeira dose. O trabalho foi direcionado para cerca de 20 conveniadas da rede de farmácias privada que tem parceria com a prefeitura. Segundo o secretário de Saúde, Mauro Sparta, o sistema público está concentrado em aplicar o imunizante contra a gripe (cepas Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B linhagem B/Victoria). O processo descentralizado deve permanecer assim nos próximos dias.  
"Está muito lento, enquanto isso os postos de saúde - que têm toda a estrutura disponível - estão vazios", reclama o sociólogo Marco Ribeiro. "Além disso, achei o atendimento desorganizado. Têm pessoas idosas e com comorbidades em filas que avançam a rua e com uma média de permanência de aproximadamente uma hora."
Após passar pela US IAPI nesta quinta-feira (27), Ribeiro esteve em uma das filiais da Agafarma (localizada em um posto de gasolina da rua Benjamin Constant, no bairro São Geraldo), em busca da segunda dose da Pfizer. "Se alguém passar mal aqui, quem vai atender?", questiona.
O sociólogo chama a atenção para o fato de que muitas pessoas podem se dirigir ao posto de saúde onde receberam a primeira dose, acreditando que receberão o restante da imunização, o que pode gerar aglomeração desnecessária e confusão. "Normalmente a segunda dose é aplicada no mesmo lugar onde ocorreu a primeira, e as farmácias são pontos de aplicação da vacina contra a Covid-19 somente para profissionais da área da Saúde", pondera Sparta.
O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) explica que a exceção ocorreu por conta da campanha de vacinação contra a gripe. "Estamos priorizando a imunização contra a Influenza nas unidades de saúde, justamente para evitar aglomeração de pessoas, porque é um público grande", justifica.
"Mas a partir da semana que vem (início de junho) a segunda dose contra Covid-19 começa a ir novamente para os postos de saúde", esclarece Sparta. Ele destaca que a prefeitura tem utilizado o convênio com as farmácias (privadas) para aplicação da vacina (além das unidades de saúde e drive-thrus), para que o processo seja "o mais ágil possível".
Na quinta-feira, uma cena à parte chamou a atenção de Ribeiro, enquanto aguardava na fila da Agafarma no bairro São Geraldo. "Uma mulher vestindo um jaleco passou com duas caixas refrigeradas e colocou dentro de um carro não oficial." Indagado sobre isso, Sparta não soube responder. "Não tenho conhecimento, mas posso afirmar que em caso de esgotar as doses de imunizantes em qualquer local de aplicação, e for necessário novo abastecimento, só quem pode fazer o transporte da vacina são profissionais da Vigilância Sanitária e funcionários da Atenção Primária", afirma o secretário.  
Sobre a possibilidade de alguém precisar de atendimento por conta de "alguma intercorrência" nas filiais da rede privada, o titular da SMS informa que a orientação é que os funcionários das farmácias acionem a Samu. 
Nesta sexta-feira (28), a prefeitura atingiu a marca de 500 mil pessoas vacinadas com a primeira dose contra a Covid-19, enquanto outras 302 mil receberam a segunda dose. "Isso significa 45,2% da primeira dose e 27,3% dos vacináveis (indivíduos acima de 18 anos), que somam 1 milhão e 103 mil pessoas na Capital", contextualiza o secretário da Saúde.
A previsão, de acordo com Sparta é que até setembro a prefeitura consiga vacinar toda a população acima de 18 anos. "Em junho vai ter um grande número de lotes a ser distribuído no País", adianta. Atualmente, no entanto, faltam imunizantes na Capital. "Recebemos, nea quarta-feira, 37 mil doses da Pfizer e 11,3 mil da Astrazeneca. A Coronavac terminou na quinta-feira e estamos sem perspectivas de receber uma nova remessa", comenta o secretário. Segundo ele, antes que o restante da população vacinável possa ser inclusa na campanha, ainda devem ser imunizados sete dos 28 grupos prioritários.
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